Se um samurai robô que luta contra um estado totalitário enquanto coleta poderes especiais soa familiar é porque, Vengeful Guardian: Moonrider, o novo jogo de ação em plataforma da Joymasher, traz os melhores elementos de clássicos como Shinobi e Mega Man. O título é uma boa pedida para fãs da era 16-bit que buscam uma ótima jogabilidade estilo arcade acompanhada de um desafio extremamente punitivo.
Nossa história começa quando os generais de Penrai decidem ligar o Moonrider, um guerreiro robótico criado para ajudar a manter a ordem e opressão do estado sob seus cidadãos. Felizmente, esse plano dá errado pois o protagonista resolve se rebelar contra seus criadores para trazer paz e justiça.
Após escapar do laboratório onde estava sendo mantido, é possível escolher qualquer uma entre sete fases disponíveis para caçar seus companheiros cibernéticos. A Joymasher caprichou mais uma vez não só em seu visual retrô, mas também no design dos inimigos que habitam cada local.
É bem claro ver como os clássicos dos anos 80 e 90 influenciaram o título, todos os níveis levam o jogador a um local completamente diferente do anterior, quase como se pertencessem a títulos diferentes. Indo de fortalezas voadoras, instalações aquáticas e até mesmo rodovias movimentadas, onde deixa de ser um side scroller e passa a ser quase um jogo de corrida no estilo Hang On (1985), onde é preciso desviar de inimigos e obstáculos. Tudo isso vem acompanhado de uma trilha sonora cativante que me deixava animado em diversos momentos.
Não é só nos visuais que Vengeful Guardian: Moonrider se destaca, a gameplay se inspira bastante nos títulos populares da época. Assim como em Ninja Gaiden (1988) e Shinobi (1987), o protagonista pode saltar entre paredes, realizar mergulhos, usar uma katana feita a laser e disparar poderes especiais. Tudo isso com a fluidez de um ninja, e claro, acompanhado das belíssimas animações que a Joymasher já vem apresentando em seus outros jogos.
A dificuldade do jogo é brutal, inimigos são agressivos e causam bastante dano, fazendo com que a janela para erros seja minúscula. Sair correndo pelas fases é uma péssima idéia já que existem diversas armadilhas em cada canto. É necessário não só aprender o que cada oponente faz, mas também o layout de cada cenário, já que caso o jogador perca todas as vidas, será mandado de volta para a tela de seleção onde deve recomeçar o nível do zero.
Dito isso, aqueles que são menos experientes no gênero não devem deixar o título passar batido. Os desenvolvedores tomaram algumas decisões que tornam a experiência acessível até mesmo para novatos. Morrer diversas vezes seguidas disponibiliza uma armadura que reduz muito o dano recebido, ao custo de limitar seu ranking a B no final de uma missão. Tanques de vida e energia aparecem frequentemente durante as fases, recompensando aqueles que conseguem passar de segmentos difíceis e estimulando o uso de todos os recursos.
Os chefes, embora desafiadores, derrubam novos ataques especiais extremamente poderosos ao serem derrotados (assim como acontece em diversos jogos da franquia Mega Man) o que acaba facilitando a jornada. Algumas dessas habilidades conseguem ser bem efetivas em situações específicas, muitas vezes acaba sendo melhor tentar outra fase ao invés de ficar insistindo em alguma que está tendo dificuldade.
É possível colecionar tanques de vida já que sair da missão salva tudo que o jogador tem até naquele momento, aliviando um pouco da tensão de precisar repetir um estágio inteiro desde o começo.
O jogo infelizmente não possui nenhum modo extra após a conclusão, o que acaba sendo o único ponto negativo de um título que, mesmo depois dos créditos terem descerem, pode deixar querendo mais. Seria interessante a inclusão de um boss rush, time attack ou até mesmo ‘’randomizer’’ em alguma atualização futura. Dito isso, é possível retornar à qualquer missão com todos os poderes desbloqueados, o que facilita na hora de alcançar ranque S nas classificações.
Vengeful Guardian: Moonrider não é só uma homenagem para os clássicos dos anos 80 e 90, mas é também uma viagem no tempo. A Joymasher mostra mais uma vez porque sua maestria em jogos de plataforma os coloca como uma das melhores equipes quando o assunto é diversão retrô. O novo título é excelente para aqueles que querem matar as saudades dos tempos de arcade, sem precisar gastar centenas de fichas.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela The Arcade Crew.
Veredito
Vengeful Guardian: Moonrider é visceral, brutal e bastante desafiador – são os pilares do motivo dele ser tão bom. Com lindos gráficos estilo pixel art, uma excelente trilha sonora e combate satisfatório, é um título imperdível para fãs da época dos 16 bits.
Vengeful Guardian: Moonrider is visceral, brutal and quite challenging – which is great. With beautiful pixel art graphics, a great soundtrack and satisfying combat, it’s a must-have title for fans of the 16-bit era.
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