Apesar dos percalços, como bugs e problemas de design, Dying Light 2 teve um lançamento sólido e de certo destaque no início deste ano. Mantendo o mesmo cuidado com o pós-lançamento do primeiro jogo, a sequência recebeu diversos patchs de correção e também conteúdo gratuito desde então. Agora, após alguns adiamentos, a primeira expansão de verdade chega para o jogo.
Bloody Ties é uma dlc que incrementa a história a partir da campanha principal do jogo e não dando sequência após a conclusão da mesma. Em resumo, adiciona mais conteúdo para o mundo de Dying Light 2, mas sem expandi-lo de fato. A história desse novo capítulo gira ao redor de uma arena de lutas sangrentas e uma família assolada por ela. Aiden se depara com relatos de lutas surgindo pela cidade de Villedor e se envolve com Ciro e sua família que já sofreu e venceu pela arena.
No que parece apenas um novo modo de combate entre sobreviventes pelo mundo pós apocalítico, o jogador vai percebendo mais e mais sobre os motivos dos combates e as loucuras que estão sendo feitas na arena. Cabe então a Aiden se envolver até o pescoço mais uma vez para fazer algum bem a uma cidade tão destruída.
Em fato, há alguma história e narrativa nova aqui, mas é nítido desde o início que nada do que é apresentado incrementa a narrativa principal. Particularmente não gosto de histórias enfiadas em jogos que já possuem final definido, servindo mais para inchar um mundo e não aprofundar nele. Nada da campanha principal fazia referência relevante a história da arena Carnage Hall e seus responsáveis, assim como a própria história da DLC não justifica o envolvimento de Aiden da busca de sua irmã. Sendo sincero, o conteúdo narrativo não é nada diferente do que uma sidequest mais incrementada.
Das novidades temos um novo mapa fechado, sendo a arena e seus arredores, que vão abrigar maior parte da DLC. O arco narrativo vai ser guiado pela história de Ciro e os duelos de arena, que vão ser missões únicas num ambiente fechado. Aqui fica o destaque por usar o local como uma forma de lembrança a Haran e ao primeiro Dying Light, fazendo as mecânicas da arena funcionar no esquema de fugir de infectados no escuro e enfrentar de alguma forma na luz.
Tendo que subir no ranking da arena para evoluir na história, será necessário enfrentar diversas combinações de missões no local que, no fim, vai soar mais com uma mecânica de endgame pago. Missões de corrida, simulação de Haran, combate contra abominações, sobrevivência e mais vão recompensar o jogador em caso de vitória. Suba na carreira de gladiador para desafios maiores e moedas que podem ser trocadas por itens cosméticos ou equipamentos exclusivos da Carnage Hall.
De alguma forma, atividades secundárias foram enfiadas ali para criar um ambiente com mais conteúdo, mas nada que realmente se destaque. Além disso, voltam os tradicionais desafios de parkour no novo mapa, também servindo como mais conteúdo. Apesar dos números de atividades aumentarem, nada é realmente de destaque e jamais foge do que o jogador recebeu em exaustão do jogo principal e de conteúdo gratuito liberado.
A jogabilidade se mantém quase intocada e recebe adição de novas armas e esquemas de construção. A intenção das atividades de Bloody Ties soa mais como usar o que foi bem acertado e pontuar pequenas adições que podem interessar ao jogador. Vale o destaque que a competição na arena é mais divertida quando cooperativo, assim como o jogo inteiro também o é. Aqui, entretanto, combinar ações em um local mais apertado e com menos recursos tem maior significado no fim.
No fim, para jogadores que esperavam algo a princípio como foi com The Following em Dying Light, pode ser uma grande decepção. O conteúdo é aumentado, mas com material que nada diverge do que já existia e talvez não agrade a todos. Confesso que ver qualquer DLC do tipo arena sempre vai me parecer a solução mais rápida de entregar algo ao usuário sem se comprometer muito. Isso realmente parece ser o caso aqui.
Se você gostou de Dying Light 2 e quer mais do mesmo, Bloody Ties pode ser uma boa aposta. Vai funcionar como algo para manter jogadores ativos até o próximo conteúdo relevante e saciar os que não querem ficar só esperando o que vier a conta gotas de forma gratuita. De toda forma, não é nada mais do que já foi visto anteriormente e se mostra pouco atrativo para forçar o retorno daqueles que terminaram o jogo no lançamento.
DLC analisada no PS5 com código fornecido pela Techland.
Veredito
Com pouco destaque e quase nenhuma inovação, a primeira expansão de Dying Light 2 traz mais do mesmo sem ser realmente atrativa. Há conteúdo que pode satisfazer alguns, mas pode não ser o suficiente para manter a maioria interessada no jogo por mais tempo.
With almost no innovation, the first expansion of Dying Light 2 brings more of the same without being really attractive. There are contents that may satisfy some players, but it might not be enough to keep most interested in the game any longer.
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