Curiosidade: John Tobias explica a real razão da ausência de Johnny Cage em Mortal Kombat 3
John Tobias, co-criador de Mortal Kombat ao lado de Ed Boon, desmistificou em seu Twitter uma história que circulava desde sempre sobre a ausência de Johnny Cage em Mortal Kombat 3.
A própria história de Mortal Kombat 3 explica que Johnny Cage foi morto pelas forças de Outworld quando a Terra foi invadida. Isso pode ser conferido no perfil do personagem de Mortal Kombat Trilogy.
Porém, outra teoria mais convincente da ausência é que o ator que interpretava Cage, Daniel Pesina, deixou a Midway depois de MK2 e inclusive processou a empresa por royalties que não foram pagos. Ele também participou de uma propaganda do jogo BloodStorm vestido de Johnny Cage, o que criou ainda mais teorias a respeito.
Agora, Tobias explicou a verdadeira história. Segundo ele, quando Mortal Kombat 2 estava sendo feito, havia o desejo de colocar o maior número de novos personagens possível e, para isso, dois ficariam para trás. Em pesquisas realizadas pelos Arcades de Chicago, Boon e Tobias chegaram à conclusão que Kano e Sonya eram os personagens menos usados no primeiro game e, por isso, ficaram de fora.
Essa decisão acabou gerando uma fúria de muitos fãs quando MK2 chegou e, por isso, os dois voltaram em MK3. A mesma lógica foi aplicada a MK3, sendo que três personagens ficariam para trás. Os escolhidos foram Johnny Cage, Baraka e Raiden – mais uma vez, os três personagens menos escolhidos pelos jogadores de Chicago.
Kitana, Scorpion e Mileena também tinham sido cortados no lançamento original de MK3, mas estava nos planos da equipe desde o início trazê-los em Ultimate MK3 – uma atualização que seria gratuita para os donos de Arcade.
Mortal Kombat Trilogy foi o primeiro lançamento da Midway direto para consoles (sem ter versão de Arcade) e, dessa forma, estavam livres do limite de memória. Por isso, Raiden, Johnny Cage e vários outros foram trazidos de volta. A equipe tentou explicar a ausência dos personagens da melhor forma possível e Tobias brinca que a culpa é toda dos jogadores de Chicago, pois foram eles que definiram indiretamente quem sobreviveu ou morreu na trilogia original de MK.
Lots of things changed for us between MK1 and MK2. One thing that didn’t change was a memory limitation. While we had more of it for MK2 we still didn’t have quite enough, which forced us into hard choices… (1/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021
We added character select audits so we could see was how many times each character was chosen. Ed also added a secret button tap sequence that let us walk up to any coin-op game in any arcade, tap in the button sequence and access the audit menu from the attract mode… (3/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021
Our choice to cut Sonya and Kano from MK2 was purely based on MK1 game audits. But, we learned even back then that players had emotionally attached themselves to their fav characters… (5/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021
Kitana, Mileena, and Scorpion were not cut from MK3. They were held back in anticipation of our Ultimate MK3 release a few months later. UMK3 was a free upgrade for arcade operators to quell issues around MK3’s home release by keeping the arcade game fresh for players (7/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021
MK’s fiction was directly effected by character cuts. We twisted and turned and patched and did everything we could to explain away why a character was gone and it got even worse when we tried to explain why they came back… (9/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021
I apologize for the roller coaster of fiction used to navigate character deaths/undeaths in those early games…
But, if I were the finger pointing type, I’d point my finger at 90’s Chicago MK players. They were the real deciders of who lived and who died ✌️(10/10)
— John Tobias (@therealsaibot) April 6, 2021