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Upgrades de jogos de PS4 para PS5: saiba quais são os aprimoramentos de cada um

Com uma nova geração, o que mais se espera, ou pelo menos que é facilmente notado, são as melhorias visuais e tecnológicas que vemos nos jogos. Desde o anúncio do PS3 e a entrada na era da “Alta Definição”, vimos jogos emergirem e tirar proveito da parte técnica de cada console no mercado.

Com o PS5 não seria diferente e, durante o período de transição entre gerações, acabamos por receber diversos títulos lançados tanto para o novo console quanto para o PS4. Aproveitamos então esse especial para listar alguns jogos assim e nossas experiências com os upgrades de jogos no PS5 ou versões de jogos para o console e suas melhorias. Acompanhe abaixo uma lista de títulos e os principais destaques técnicos que pudemos observar até agora.

Tenha em mente que em 2021 teremos mais upgrades ainda, como DOOM Eternal, Control, Cyberpunk 2077 e vários outros.

Nota: vale lembrar que determinados jogos que possuem upgrade já tiveram análises de PS5 em nosso site. Dito isso, confira mais sobre cada um deles nos links a seguir.


Borderlands 3

– Por Bruno Henrique Vinhadel

Notável e extremamente bem vindo a taxa de quadros a 60fps mínimo para o jogo. Por base, a resolução fica em 4K no modo resolução. O modo performance exige uma tela para 120hz e é possível aproveitar uma ainda maior taxa de quadros, porém com resolução menor (1080p).

Para o tipo de jogo que é Borderlands, de combates rápidos, vários efeitos em tela e muito inimigos ao mesmo tempo, o modo 4K a 60fps é o ideal e já vale aproveitar novamente o jogo. Sem quedas de fps como no PS4 ou PS4 Pro e com o combate muito mais fluido, a experiência é bem menos cansativa e mais divertida. Uma maior resolução ainda esconde os poucos serrilhados que o jogo apresentava na geração anterior e dá mais destaque para o visual artístico do título.

Quanto aos loadings, o tempo é muito menor comparado ao PS4. Num jogo que acaba tendo bastante transição de cenários, mudanças de áreas e planetas no caso, além do uso do fast travel, aqui o tempo perdido com isso praticamente é mínimo e a experiência é mais fluída.

O DualSense é bem usado, tendo que exercer força nos gatilhos para disparar. A sensação e peso disso muda de arma para arma, sendo uma pistola mais “leve” para disparar do que uma shotgun. O feedback háptico é mais presente que o rumble, talvez pela tecnologia diferente, mas é possível sentir em quase qualquer ação, como pular, lançar granadas, ativar habilidades e mais.

Marvel’s Spider-Man: Remastered

– Por Ivan Nikolai Barkow Castilho

Marvel’s Spider-Man foi um dos melhores jogos de PS4 em 2018 e um remaster para ele é um pouco cedo, considerando que apenas dois anos se passaram. Porém, caso você ainda não tenha jogado, no PS5 é simplesmente a melhor opção por motivos óbvios.

O título possui suporte ao ray tracing, que deixa os gráficos mais bonitos, mas o que faz a verdadeira diferença são os 60 quadros por segundo (fps). Isso deixa o game fluido demais.

Mais recentemente, um patch foi lançado e que adiciona a opção de mesclar ray tracing a 60 fps. A Digital Foundry fez uma boa análise sobre essa funcionalidade.

Além disso, o jogo é diferente no PS5 também por conta do novo modelo de Peter Parker. Pessoalmente, achei estranho, não porque o anterior era melhor ou algo assim – mas sim, pelo motivo de que na história, Peter é um Spider-Man veterano e esse novo modelo não passa esse ar. Também há determinadas cenas que o novo modelo não foi bem implementado e não passa a emoção que a cena quer demonstrar. Em Miles Morales, como o novo Peter já deve ter sido pensado desde o início, isso não ocorre.

Por fim, vale lembrar um ponto negativo: a única forma de obter Marvel’s Spider-Man Remastered no momento é através da Ultimate Edition de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales.

Marvel’s Spider-Man: Miles Morales

Marvel’s Spider-Man: Miles Morales possui exatamente os mesmos upgrades descritos acima para Marvel’s Spider-Man: Remastered.

Watch Dogs: Legion

– Por Rui Celso

Watch Dogs: Legion chegou ao mercado no dia 29/10 com problemas técnicos, dos mais simples aos mais graves. Porém, com a chegada da nova geração, a Ubisoft fez questão de liberar um upgrade gratuito para o PlayStation 5 e mostrar a que veio com seu novo título dos hackers do DedSec.

De forma geral, as únicas diferenças perceptíveis estão nos gráficos e no Ray Tracing. No PlayStation 4 Pro os gráficos eram lindos, mas no PS5 o console roda 4K dinâmico de uma forma incrível. E se os reflexos presentes no PS4 Pro já espantavam, agora tudo ficou melhor. Com a tecnologia Ray Tracing, o jogador tem uma visão mais real dos reflexos causados por espelhos, vidros, carros, entre outros. Outros detalhes, como as sombras, por exemplo, só podem ser notadas se você comparar as duas versões lado a lado.

Call of Duty: Black Ops Cold War

– Por Bruno Henrique Vinhadel

Tecnicamente é um grande salto quando comparado às versões de PS4/PS4 Pro. A resolução maior garante mais qualidade visual, mas ainda não ajusta problemas gráficos notáveis, como cabelo e alguns efeitos de luz. O jogo trabalha com 60fps praticamente fixos no PS5, exceção de um bug em cada checkpoint que faz a taxa de quadros cair e voltar depois. Modo 120fps também disponível, mas depende de uma tela com suporte para isso. Ray tracing é usado no processamento de sombras em tempo real e de maior qualidade, mais observado na campanha do que em demais modos.

Ainda que Call of Duty já mantém os jogos da franquia em 60fps há anos, agora temos uma experiência muito mais consistente, tanto em qualidade gráfica e principalmente na taxa de quadros por segundo. O DualSense é usado em peso, principalmente nos gatilhos adaptáveis. Apenas mirar já é uma ação diferente e para atirar a sensação é diferente para cada arma. Peso e o retorno que o gatilho fornece é impactante e realmente passa uma experiência de disparar uma arma. Entretanto, acredito que funciona melhor isso para a campanha, já que a dedicação no multiplayer pode fazer com que essa função se torne cansativa com o tempo.

Maneater

– Por Bruno Henrique Vinhadel

A atualização de Maneater para o PS5 é um pouco estranha. O jogo sofria com alguns problemas técnicos no PS4 normal e rodava até muito bem no PS4 Pro. Aqui temos o padrão de resolução em 4K a 60fps e somente isso. Nada foi adaptado ao controle e mesmo feedback háptico não se sente que é algo perto do que já foi visto em outros jogos. Quanto aos gatilhos adaptáveis, talvez tenha sido melhor nenhum ajuste mesmo, já que na maior parte do tempo você fica esmagando R2, fazer disso um processo ainda mais cansativo seria um desastre.

Entretanto, apesar de um gameplay mais fluído a 60fps, algo aconteceu algumas vezes em nosso teste. Comumente o jogo apresentava um certo “engasgo”, como uma leve travada e logo voltava. Isso não acontecia no PS4, mesmo com as quedas na taxa de quadros sendo mais acentuadas. Pode ser um bug ou realmente um problema técnico, mas se vai ser consertado ainda não sabemos. De toda forma, a atualização do jogo para o PS5 serve mais como uma nova lista de troféus e uma platina fácil do que uma experiência aprimorada.

Destiny 2

– Por Bruno Henrique Vinhadel

Desde o lançamento da franquia nos primórdio do PS4, Destiny sempre foi um jogo bonito e atrativo visualmente. Com o tempo e principalmente com a sequência lançada, o PS4 começou a mostrar gargalos terríveis quando comparado ao jogo no PC. Loadings eternos, sem opção de customização de campo de visão, taxa de quadros mal se mantendo a 30 e por ai  vai. A experiência com Destiny 2 ficou bastante abaixo tecnicamente.

A versão de PS5 do jogo é um deleite visual absurdo. Resolução para até 4K, taxa de quadros fixa em 60 e várias outras melhorias fazem a experiência no PS5 ser quase como de um novo jogo. Maior resolução e 60fps já mudam o patamar do jogo, mas controle do campo de visão agora e melhor uso do SSD para loadings de mapas e menus incrementam isso ainda mais.

A jogabilidade do título sempre foi um dos maiores trunfos e com as melhorias técnicas isso fica ainda melhor. Comandos mais responsivos se destacam principalmente no multiplayer, onde é permitido a opção para 120fps. De forma geral, o jogo é muito melhor no PS5 por uma margem imensa, ainda que melhorias para o DualSense não entraram nessa versão.

Madden NFL 21

– Por Thiago de Alencar Moura

Os jogos da Electronic Arts costumam ter certos problemas em sua transição para a próxima geração e a edição deste ano de Madden NFL não é uma exceção a isso. Enquanto a versão de PS4 já sofria com vários problemas técnicos e estruturais, Madden NFL 21 consegue agravar a situação que já não era muito boa. Mesmo com alguns patches já tendo sido lançados, Madden NFL 21 tem pouquíssimas melhorias em sua versão para o PS5.

Fora alguns ajustes gráficos na apresentação (como a incorporação dos Next Gen Stats), de resolução e a integração dos gatilhos adaptativos, que se limitam a maior resistência para correr no contato entre os jogadores e ficando mais difícil de apertar à medida que o jogador cansa, ainda é o exato mesmo jogo. Nem mesmo os loadings realmente melhoraram.

As mudanças que Madden precisa vão muito além das incorporadas aqui, sendo fortemente recomendado pela versão do próximo ano para ver o que será feito no PS5. Pelo menos o conteúdo disponível nas duas versões é a mesma e os saves da versão de PS4 são transferidos para PS5 (e quem possui a versão da geração passada tem acesso a de PS5).

NBA 2K21

– Por Thiago de Alencar Moura

Problemas sendo carregados como legado não é uma exclusividade dos jogos de esporte da EA. NBA 2K21 traz uma série de mudanças estéticas na sua apresentação e alguns conteúdos novos, mas muitos dos seus problemas seguem existindo aqui, especialmente no que se refere às microtransações. Visualmente, esse é um dos jogos que melhor mostra o poder da próxima geração nessa primeira leva de títulos. Os modelos de personagens são espetaculares, o gameplay é bem liso e os carregamentos são muito rápidos.

The City, novo ambiente multiplayer substituindo a Neighborhood, tem bastante potencial, mas gera um certo desânimo para quem vinha jogando desde o lançamento por não ser possível carregar o seu jogador de uma geração para outra. Aliás, de todos os modos do NBA 2K21, só o MyTEAM carrega o que você fez na geração passada para o PS5.

Os ajustes feitos em badges e nas minúcias do gameplay são bem-vindas e muito notáveis para os jogadores mais dedicados da franquia e a forma como os gatilhos adaptáveis foram ajustados aqui é bem sutil e interessante, com o controle reagindo ao contato entre jogadores na defesa/ataque e o seu cansaço refletindo no gatilho direito. É uma boa experiência, ainda que sofra com alguns dos problemas menores da geração passada. Mas é um título que passa a fazer mais sentido com a próxima temporada da NBA prestes a começar.

Assassin’s Creed Valhalla

– Por Thiago de Alencar Moura

Surpreendentemente, Valhalla traz uma das melhores versões de um jogo cross-gen que nós tivemos em mãos. Enquanto a versão de PS4 sofria com sérios problemas técnicos que acabavam tirando muitas das qualidades que o jogo tinha, o que temos aqui é uma versão infinitamente superior à da geração passada.

Seja no modo desempenho ou resolução, Assassin’s Creed Valhalla é um jogo estupidamente lindo. Os ambientes são espetaculares e o rodo joga extremamente estável no modo desempenho, com um framerate impecável que torna a experiência ainda melhor do que já era. Considerando ainda que o jogo não apresenta bugs notórios no PS5, este realmente é o jeito “correto” de experimentar o título que, com essas melhorias, mostra o quão bom ele realmente é.

Talvez a única decepção fique pelo fato de Valhalla não incorporar praticamente nada das novidades que o DualSense traz. Existe uma pequena resistência em combos usando o golpe pesado (R2), mas, fora isso, em termos de controle é o exato mesmo jogo do PS4. Ainda assim, considerando que é um upgrade gratuito, Valhalla é um exemplo do que a Ubisoft consegue fazer quando está no seu melhor.

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