Ys: Memories of Celceta foi anunciado para o PlayStation Vita, antes mesmo da plataforma ganhar esse nome, pela ilustre desenvolvedora japonesa Falcom, responsável pelas franquias Ys e Legend of Heroes. O jogo foi lançado dentro do primeiro ano do console no Japão, ainda em 2012, então sendo publicado no Ocidente pouco mais de um ano depois pela XSEED Games.
Num movimento de reaproveitar o seu catálogo de PlayStation Vita e ganhar um segundo fôlego para esses jogos, a Falcom tem remasterizado seus jogos para outras plataformas, principalmente para o PlayStation 4. Começando com Ys VIII: Lacrimosa of Dana, passando também por outras franquias como Legend of Heroes e Tokyo Xanadu, Ys: Memories of Celceta marca sua última empreitada de remasterização nesta geração.
Em 2012, Ys: Memories of Celceta foi um dos maiores lançamentos para o PlayStation Vita no Japão. Sendo um RPG de ação numa franquia com mais de vinte anos de história à época, a Falcom foi a primeira a explorar o gênero com bastante qualidade e competência numa plataforma que ainda estava engatinhando e não contava com muitos jogos no geral.
Ys: Memories of Celceta conta a história de Adol, o aventureiro que acompanhamos há tantos anos, acordando com amnésia numa terra desconhecida chamada Celceta. Agora cabe à Adol desvendar o mistério por trás da sua amnésia, desbravar as terras desconhecidas de Celceta e enfrentar um inimigo que ameaça a estabilidade da região.
Para maiores detalhes sobre a história de Ys: Memories of Celceta, recomendamos a leitura da análise escrita pelo site para a versão de PlayStation Vita quando do seu lançamento . A remasterização para PlayStation 4 sendo lançada pela XSEED Games este ano conta com alguns detalhes importantes, positivos e negativos, a serem ressaltados.
Sendo um RPG de ação, os gráficos, e principalmente a performance, são importantes. Quando lançado para o PlayStation Vita, o jogo sofria com sérios problemas de performance, em parte por conta das restrições da própria plataforma. Neste sentido, a versão de PlayStation 4 assegura que a performance aproveite o avanço na capacidade da plataforma em comparação ao portátil.
Em sua maior parte, Ys: Memories of Celceta roda à 60 frames por segundo, de forma lisa e direta. Existem alguns poucos pontos no jogo em que, consistentemente, é possível encontrar um engasgo na performance, muito provavelmente por conta da transição entre cenas do jogo, mas que não atrapalham em nada a experiência do jogador.
Os gráficos também foram melhorados, dentro das suas limitações. Sendo uma remasterização e não um remake, ainda é possível perceber que o PlayStation 4 não é a plataforma de origem do desenvolvimento, mas foi feito um bom trabalho em clarear os gráficos 3D e torná-los mais definidos.
Uma oportunidade que não foi aproveitada, talvez pelo jogo ser um tanto antigo, foi de incluir algum conteúdo adicional à versão de PlayStation 4. O trabalho da Falcom, apesar de relevante em melhorar os gráficos e a performance, deixou passar uma ótima oportunidade de atrair inclusive jogadores que conferiram a versão de PlayStation Vita, a comprar de novo este jogo tantos anos depois.
Uma comparação interessante a ser feita, também, é o lugar em que Ys: Memories of Celceta ocupa na biblioteca do PlayStation 4 em 2020. Originalmente, lançado antes mesmo do PlayStation Vita fazer um ano de idade no Japão, o jogo foi uma importante adição à sua biblioteca, sendo por anos uma grande referência do gênero na plataforma. Agora, no final da geração do PlayStation 4 em 2020, Ys: Memories of Celceta deve ocupar um espaço diferente na visão dos jogadores.
A plataforma conta com vários outros jogos do gênero, uma grande parte desenvolvida especificamente para a plataforma, ou mesmo lançamentos da própria Falcom, como o Ys VIII: Lacrimosa of Dana e o exclusivo Ys IX: Monstrum Nox, a ser lançado no Ocidente em algum momento do futuro.
Neste contexto, a remasterização de Ys: Memories of Celceta acabe servindo de uma boa oportunidade para aqueles que são fãs da empresa e não jogaram quando foi lançado para PlayStation Vita ou mesmo para PC. Para aqueles que já jogaram essas versões, não sobram muitos motivos para se aventurar neste universo, fora viver o mundo agora com uma performance digna de console.
Para aqueles que nunca jogaram Ys: Memories of Celceta ou qualquer outro jogo da Falcom, talvez os jogos que já foram lançados para o PlayStation 4 no passado, como Ys VIII: Lacrimosa of Dana e Tokyo Xanadu eX+ sejam escolhas mais econômicas e mesmo fáceis de tomar.
Sendo jogos mais baratos e recentes, eles servem de entrada melhor do que Ys: Memories of Celceta, e mesmo podem ajudar o jogador a conhecer o universo da Falcom, para então depois conferir esta remasterização de um jogo que continua sendo um dos melhores e talvez, por conta de sua plataforma de origem, um dos mais esquecidos jogos desta franquia.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela XSEED Games.
Veredito
Ys: Memories of Celceta marca uma imporante empreitada da Falcom de manter atual o seu catálogo de jogos em plataformas recentes, com gráficos e performances a par dos consoles desta geração, embora deixe passar uma boa oportunidade de fornecer um incentivo extra a fãs da empresa que já conferiram as versões anteriores do jogo.
Ys: Memories of Celceta marks an important task from Falcom to keep its catalogue of titles in current platforms, with graphics and performances on par with this generation’s consoles, however it misses the opportunity to offer an extra incentive to the company’s fans that might have already played the previous versions of the game.
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