Dizer que eu fiquei impressionado com Warriors Orochi 4 quando o jogo foi originalmente lançado em 2018 talvez seja minimizar o quão bom o jogo é para os fãs da histórica franquia da Koei Tecmo. Apesar de contar com alguns problemas na forma como utilizou o seu gigantesco elenco e questões sobre sobre a longevidade dos demais modos de jogo, aos poucos ele foi se tornando o meu musou preferido dessa geração.
É natural então que a expectativa para uma versão melhorada de WO4 fosse grande, ainda mais com a promessa de, pela primeira vez na história da série, essa atualização vir na forma de uma DLC e não como um novo jogo completo, teoricamente reduzindo o custo para os jogadores. É assim então que Warriors Orochi 4 Ultimate chega ao PS4, com uma miríade de novos conteúdos para o jogo-base, mesmo que crie o seu próprio vespeiro de problemas menores.
O primeiro e mais chamativo deles é o alto preço da DLC. Enquanto é possível adquirir o jogo base com a expansão pelo preço de um novo jogo na PSN ($59.99 na loja americana e R$249,90 na loja brasileira), o pacote de DLC (que vem com a versão Ultimate e mais alguns conteúdos cosméticos extras) custa salgados $39,99/R$164,90. Isso significa de cara que essa versão precisaria trazer uma vistosa quantidade adições ao jogo para justificar a sua aquisição por quem já possui a versão original.
Uma das primeiras mudanças que ficam claras para o jogador são estéticas. Várias pequenas melhorias de interface foram feitas para tornar o jogo mais intuitivo, em especial nas telas de seleção de personagens, abandonando a versão em grid anterior e seus vários filtros, por um listagem dividida por reino/jogo original mostrando os modelos dos personagens, aparentemente baseado no sistema utilizado em Warriors Orochi 3.
Além disso, outros pontos básicos como o sistema de melhoria de base e de evolução dos personagens foram expandidos, em especial com a inclusão da possibilidade agora de promover unidades e, essencialmente, resetar o personagem em troca de alguns boosts e desbloquear novas partes da árvore de habilidades, dando ao jogador ainda mais elementos para tornar a sua equipe ainda mais poderosa além do level cap anterior.
Pouquíssima coisa foi modificada no combate, mas as adições feitas são bem interessantes. A primeira delas é a possibilidade de equipar qualquer dos sacred treasures em seus personagens (além de alguns novos tesouros terem sido adicionados), possibilitando ao jogador maior flexibilidade na montagem das equipes. Em combate, a única grande adição é o Musou Switch Combo que permite ao jogador linkar os ataques especiais musou dos seus personagens em uma grande sequência ao usar um dos gatilhos + círculo ao final do primeiro especial.
Além disso, novos personagens chegaram ao jogo: os deuses gregos Gaia e Hades, o membro do Mystic Realm Yang Jian e três novos convidados de outros jogos da Koei Tecmo, Achilles (de Warriors: Legends of Troy), Joan of Arc (de Bladestorm: The Hundred Years’ War) e Ryu Hayabusa (Ninja Gaiden). Todos os personagens adicionam algo novo e interessante ao combate e funcionam de forma distinta do já massivo elenco, com a única reclamação ficando pela relativa baixa qualidade do modelo da Joan of Arc (decisão que pode ter sido tomada para manter um estilo mais próximo do jogo de onde ela veio).
As adições não param por aí, já que as três principais e mais importantes foram expansões dos modos de jogo. O Story Mode recebeu dois novos (longos) capítulos expandido mais sobre as motivações por trás dos acontecimentos do jogo e das ações tomadas pelos deuses no curso da história. Além disso, algumas missões foram adicionadas ao 5° capítulo (o antigo final da história) para melhor embasar os acontecimentos dessas novas partes da história, além de missões secundárias e novos eventos de amizade envolvendo os novos personagens.
Já o Challenge Mode recebeu dois novos trials que recompensarão os jogadores com atributos únicos que poderão ser equipados nas armas. Por fim, um modo de jogo completamente novo chamado de “Infinity Mode” foi incluído, consistindo de doze “torres”, cada uma vinculada a uma das doze constelações do zodíaco grego, com objetivos específicos a serem completados em uma determinada quantidade de tempo.
Esse modo é um pouco moroso e chato no começo, uma vez que o jogador precisa escolher apenas sete personagens e derrotar os demais em combate para poder destravá-los novamente, mas as recompensas (em especial os materiais para criar armas ainda mais poderosas) e o looping de gameplay dele é surpreendentemente viciante, tornando-o uma ótima adição ao jogo.
No geral, a úncia coisa que realmente consegue impedir que Warriors Orochi 4 Ultimate seja uma adição obrigatória aos fãs do gênero e do jogo original é o seu preço (bastante) alto. Para quem está entrando no jogo agora, as adições o tornam um dos – se não o – melhores musou dessa geração, mas para quem já possui WO4, as adições talvez não justifiquem o preço.
Veredito
Mesmo com o alto preço, Warriors Orochi 4 Ultimate traz uma boa quantidade de conteúdo com ótimas adições a um jogo que já era muito bom por si mesmo, sendo ainda mais recomendado para marinheiros de primeira viagem.
DLC analisada no PS4 padrão com código fornecido pela Koei Tecmo.
Veredito
Despite the high price tag, Warriors Orochi 4 Ultimate brings a good amount of content with great additions to a game that was already pretty good by itself, being even more recommended for newcomers.
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