Análise – Indivisible

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Você é fã de jogos que misturam Mega Man, Metroidvania e action-RPG? Se a resposta for “não sei, nunca nem vi”, então saiba que Indivisible pode ser uma alternativa na sua lista de aquisições.

Desenvolvido pela Lab Zero Games em parceria com a 505 Games (BloodStained, Control e Abzu), o jogo traz um gameplay de campo muito semelhante ao visto nos jogos mencionados anteriormente. Porém, ao mesmo tempo em que é possível perceber essas referências, o título agracia o jogador com algo diferente: o sistema de batalhas.

Simples, rápido, divertido e confuso são palavras que podem descrever bem o jogo, com Ajna e seus amigos absorvidos para dentro de sua mente.

Indivisible
O jogo conta com cenas no estilo anime, algo muito comum em jogos da série Tales of, por exemplo. Fonte: PS4 Share

O início de Indivisible é dinâmico e já mostra quatro personagens lutando com um inimigo identificado apenas como “unknown” (desconhecido). Após a batalha introdutória, Ajna, uma garota de 16 anos é apresentada ao jogador.

Ajna é moradora de Ashwot e possui um pai rigoroso. Indr treina sua filha todos os dias e sempre reforça o fato de que ela deve ser sempre forte para defender a vila. Após uma discussão com seu “velho”, a protagonista vê seu lar em chamas e encontra seu pai morto, assassinado pelo até então vilão, Dahr, que está ali a serviço de Ravannavar, um feiticeiro poderoso que lembra muito Jafar, de Alladin.

Em busca de vingança, Ajna luta contra Dahr, porém, algo inesperado acontece e ela “absorve” o inimigo para dentro de sua mente. Confusa, ela começa a buscar respostas para esse poder de absorção, além de vingança contra Ravannavar, o vilão que ordenou a morte de seu pai e a destruição de sua vila.

Embora pareça um plot simples, Indivisible começa a amadurecer com o tempo. Durante a jornada, Ajna começa a entender melhor seus poderes e claro, a absorver mais pessoas para ajudá-la nas batalhas ao longo do caminho.

Indivisible
É possível aumentar tanto a quantidade de ataques, quanto a defesa de Ajna e seus companheiros. Fonte: PS4 Share

O gameplay de Indivisible é simples no começo e conta com referências a alguns outros títulos existentes. As mais claras são a de Mega Man e franquias no estilo Metroidvania. As famosas corridinhas do robô azul e as escaladas nas paredes para alcançar lugares impossíveis estão presentes, bem como os pontos que só podem ser visitados após a coleta de uma habilidade específica. Porém, é claro, esse último item mencionado também é visto em títulos como Castlevania e Metroid Prime, por exemplo.

Embora Indivisible tenha suas referências, não é só dessa fonte que ele bebe. É preciso enfatizar que o combate do jogo é bem diferente dos títulos convencionais com sistema por turnos. Ao invés de você selecionar os ataques e esperar a coisa toda acontecer, é preciso fazer tudo na hora com o apertar de um dos botões do controle.

Quando sua party estiver cheia (é possível ter até 4 guerreiros em campo), cada um dos personagens será representado pelos comandos do controle. Se alguém estiver localizado na área de baixo da formação, o sistema de ataque e defesa será feito todo a partir do botão “X”, e assim por diante.

É possível coletar um certo tipo de diamante para aumentar a quantidade de vezes que seus guerreiros atacam. Quando Ajna entra em seu “reino mental”, ela pode dar um upgrade nos comandos, e o que antes era apenas 1 golpe com o botão correspondente, pode ser tornar 4 ou 5. Pode parecer confuso, mas depois de um tempo tudo começa a fazer sentido e você pode fazer combinações de ataque incríveis.

Tudo parece perfeito, não é? Mas não é bem assim. A simplicidade do sistema de batalhas enjoa depois de um tempo, e a falta de variedade dos combos pode frustrar o jogador. Há uma barra de Iddhi (um tipo de chakra) que quando fica cheia, pode disparar ataques especiais poderosos. Quer dizer, não são tão fortes assim, mas dão um diferencial na jogabilidade.

Indivisible
No decorrer da jornada, a barra de Iddhi aumenta e seus personagens podem usar ataques especiais mais poderosos ao consumi-la por inteiro. Fonte: PS4 Share

Aqui não há dinheiro ou lojas. O jogo te dá de forma fácil e dinâmica tudo que é necessário para atravessar os mundos. As habilidades para serem usadas fora do campo de batalha são adquiridas durante a história principal, que variam entre o uso de arco-e-flecha, lanças e outros apetrechos. Quanto mais personagens Ajna absorver, mais forte ela fica.

Embora o fato de não haver nenhum dos recursos citados acima possa ser positivo por um lado, pelo outro isso acaba estragando a festa. O caminho é um tanto quanto linear, e se há 1 sidequest por cidade é muito. Há passagens secretas que podem ser abertas após adquirir alguma habilidade específica, mas só. Não é possível aumentar a força dos personagens ou comprar habilidades únicas.

Outro ponto negativo está na falta de equipamentos. Não há liberdade em trocar os equipamentos, é tudo pré-definido desde o início. Além disso, o menu mostra apenas os personagens que estão na reserva e os ativos no grupo, nada mais que isso. Tudo bem que é um título indie, mas há outros como Timespinner, por exemplo, que possuem um sistema mais completo e interessante.

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Só é possível ver o nível e as informações dos ataques de cada guerreiro, nada além disso. Fonte: PS4 Share

Para tentar compensar a falta de conteúdos extras, o título traz gráficos lindos em cel-shading. Os cenários possuem um plano de fundo bem vivo e colorido, deixando os jogadores de boca aberta com tanta beleza. Todo esse brilho nos olhos pode ser ofuscado se percebermos que há centenas de NPCs inúteis ao redor, que estão lá só para preencher espaço. O que é uma pena, pois eles poderiam ter sido melhor aproveitados.

A trilha sonora, por sua vez, é repetitiva e cansa depois de um tempo. Embora o som ambiente mude de acordo com os cenários, as batalhas contam sempre com a mesma música irritante. Tendo esse ponto negativo em vista, é impossível manter um gameplay de dia inteiro, por exemplo.

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Além da quantidade enorme de nomes bem diferentes, Indivisible se destaca pela inclusão de personagens gays. Fonte: PS4 Share

O título da Lab Zero Games pode garantir mais de 20 horas de gameplay ao jogador. Embora não seja o melhor action-RPG indie da geração, ele pode divertir sem compromisso. Para quem não entende inglês, o título conta com legendas em PT-BR, no entanto, ele só funciona caso o sistema do PS4 estiver na mesma língua. Para completar, os fãs de troféus podem comemorar, pois ele é extremamente fácil de ser platinado.

Veredito

Indivisible é um jogo que não traz muita variedade, principalmente pela ausência da famosa customização, recurso quase que obrigatório em jogos do gênero. Porém, a beleza, diversão e longevidade, podem fazer você querer dar uma chance a ele.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela 505 Games.

Veredito

78

Indivisible

Fabricante: Lab Zero Games

Plataforma: ps4

Gênero: RPG / Ação

Distribuidora: 505 Games

Lançamento: 08/10/2019

Dublado:

Legendado:

Troféus:

Comprar na

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Indivisible is a game that does not bring much variety, mainly due to the absence of the famous customization, an almost mandatory feature in games of this genre. However, the beauty, fun and longevity may make you want to give it a try.

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Indivisible is a game that does not bring much variety, mainly due to the absence of the famous customization, an almost mandatory feature in games of this genre. However, the beauty, fun and longevity may make you want to give it a try.

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Rui Celso

Jornalista que decidiu se aventurar no mundo gamer desde o tempo em que as revistas eram a principal fonte de informação deste mundo do entretenimento. Hoje eu expandi meu universo e também faço parte do backstage deste universo atuando como Assessor de Imprensa. Só pra constar: Paper Mario é o meu jogo favorito da vida.

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