Análise – Ghost Giant

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Com um histórico de jogos excêntricos, como Stick it to the Man, Zombie Vikings e Flipping Death, a Zoink Games construiu seu nome em cima de títulos que abusavam do bom humor, em conjunto de um estilo artístico único. Agora, a desenvolvedora independente adentra o mundo da realidade virtual pela primeira vez com Ghost Giant, uma divertida história de amizade, que chega exclusivamente ao PlayStation VR.

A narrativa de Ghost Giant se passa em um mundo fictício habitado por animais antropomórficos. Mais especificamente, na pacata e remota cidade de Sancourt. Aqui mora Louis LeFleur, um simpático gato que, apesar de ser uma jovem criança, já tem que lidar com as dificuldades da vida adulta. Em um momento de fragilidade, o triste choro do personagem acaba literalmente nos invocando diante de seus olhos. Sob a forma de um gigante fantasma visível somente para Louis, assumimos o papel de guardião do garoto e, ao seu lado, daremos início a uma amizade emocionante.

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Se existe algo que merece ser aplaudido de pé, é o belíssimo enredo presente neste jogo. Faz tempo que não sou abalado emocionalmente por algum tipo de mídia da forma que fui por este pequeno título independente. Não se enganem pelos visuais cartunescos ou pelas cores vibrantes: Ghost Giant é um game que tem como principal foco a depressão. O tema é abordado de forma excepcional do jogo, sendo apresentado pouco a pouco e, subitamente o jogador estará envolvido em uma história triste e instigante.

Todo o ambiente é bem construído para que simpatizemos com Louis logo nos primeiros momentos do game. Isso não seria possível sem a brilhante performance de Kimlinh Tran, atriz responsável pela voz do pequeno Louis. Sua atuação confere ao personagem uma personalidade próxima do real, cheia de nuances, tiques e trejeitos. A dublagem, em conjunto com a inteligência artificial do personagem, o torna tão autêntico que é difícil não se assustar com as dezenas de interações diferentes que podemos realizar com ele. É algo tão bem feito que lembra bastante o que é feito com Elizabeth, em BioShock Infinite.

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A construção do mundo, assim como os personagens secundários, também merece elogios, e parece que estamos em uma versão simplificada do filme Zootopia. Todo o enredo está dividido em 14 cenários, sendo possível finalizar a experiência em poucas horas. Infelizmente o jogo não possui legendas em português do Brasil, o que pode acabar quebrando a experiência para aqueles que não tem conhecimento do inglês.

Em termos de gameplay, Ghost Giant tem como principal foco a resolução de puzzles. No papel do gigante, o jogador poderá interagir de diversas formas com os itens e ferramentas do cenário, de forma semelhante a Moss e  Astrobot: Rescue Mission. É importante destacar que, diferentemente desses títulos, nós não possuímos nenhum controle sobre Louis, o personagem principal. Isso remove a sensação de que estamos direcionando a narrativa, e nos coloca em uma situação de “passageiro”, sempre seguindo-o aonde quer que ele vá.

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Cada novo cenário do game funciona como um pequeno estágio em 360°, onde após obter novos detalhes a respeito da narrativa principal, teremos que cumprir algum objetivo específico para progredir para a próxima área. Os puzzles são excelentes e, além de variados, são extremamente criativos e intuitivos. Cada novo desafio colocará em prática diferentes características do jogador, como seu raciocínio lógico, reflexos, capacidade de observação, exploração e pontaria. Vale lembrar que cada cenário possui diversos segredos e colecionáveis para descobrir.

O uso de um par de PlayStation Move é um recurso obrigatório para que seja possível desfrutar o game. Os comandos são simples e fáceis de serem realizados, graças à boa captura de movimento feita pelo título. Na prática, somos capazes de pegar e manipular objetos com nossas mãos enquanto pressionamos os gatilhos nos controles. O game ainda oferece suporte para que o jogador aproveite toda a experiência sentado em uma poltrona ou de pé em um ambiente livre de obstáculos.

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Os visuais do jogo são belíssimos e a qualidade das texturas, animações e efeitos de iluminação estão entre os melhores que já vi até então no PlayStation VR. É impossível não colocar os controles de lado e ficar contemplando o cenário à nossa volta durante uma boa parte do tempo. Tal atividade se torna uma tradição, repetida a cada novo nível que avançamos no jogo. São tantos pequenos detalhes nos objetos que compõe o cenário, que parece que estamos em uma animação dos estúdios da DreamWorks.

Assim como nos jogos anteriores da desenvolvedora, Ghost Giant possui uma belíssima trilha sonora original. Cada uma das músicas reproduzidas consegue encaixar-se perfeitamente dentro do game, transmitindo de forma efetiva o sentimento presente em cada cena para o jogador – seja alegria, medo ou melancolia. Os efeitos sonoros também mantém o padrão de excelência, tornando praticamente obrigatório o uso de fones de ouvido para maximizar a experiência.

Jogo analisado com código fornecido pela Zoink Games.

Veredito

Ghost Giant é um jogo emocionante e que certamente tocará os corações daqueles que se aventurarem em seu universo, graças ao seu brilhante enredo e excelente jogabilidade. Seu único problema é a ausência de um fator replay e que justifique uma nova visita por parte do jogador à obra.

90

Ghost Giant

Fabricante: Zoink Games

Plataforma: ps4

Gênero: Puzzle

Distribuidora: Zoink Games

Lançamento: 16/04/2019

Dublado:

Legendado:

Troféus:

Comprar na

[lightweight-accordion title="Veredict"]

Ghost Giant is an exciting game that will surely touch the hearts of those who venture into its universe, thanks to its brilliant storyline and excellent gameplay. Its only problem is the absence of the replay factor, that could bring the player for a new round.

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Ghost Giant is an exciting game that will surely touch the hearts of those who venture into its universe, thanks to its brilliant storyline and excellent gameplay. Its only problem is the absence of the replay factor, that could bring the player for a new round.

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