Análise – The Occupation

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O mundo dos games está cheio de títulos com um plot twist de dar enxaqueca. Para exemplificar, podemos usar jogos como Tales of the Abyss e a série Kingdom Hearts, que fazem sua cabeça estremecer só de pensar em como tudo aquilo pode acontecer.

Ao contrário desses jogos citados, The Occupation não se resolve “sozinho” na trama. Para esclarecer o caso principal, é preciso coletar o maior número de provas possíveis. São elas que fazem o enredo se desenrolar, além de dar um melhor entendimento do que aconteceu e como.

Quer saber mais sobre esse título investigativo? Então vem com o PSX Brasil em mais esse review.

The Occupation
Há um certo embaçamento em algumas cenas, diferenciado momentos do passado e do presente. Fonte: PS4 Share

Se você não entendeu as referências no início deste texto, saiba que é exatamente assim que você se sente ao começar The Occupation. Sem nenhuma introdução, o jogo te lança no meio de uma cena que a princípio parece ser muito aleatória, porém, começa a fazer sentido após a primeira hora.

O jogo apresenta dois personagens principais: Scarlet e o Jornalista investigador, Sr. Miller. Ambos buscam respostas para a explosão que ocorreu na companhia do Sr. Bowman, que matou cerca de três dezenas de pessoas, incluindo Michael, marido de Scarlet.

Além da trama principal, o jogo também trata de uma situação política no país. Miller tenta associar o problema imigratório com a explosão, como se o ocorrido favorecesse de alguma forma a votação contra os imigrantes. Porém, será preciso muito empenho para descobrir toda a verdade e levar isso a público.

A  história de The Occupation vai se montando aos poucos, como em um Thriller. No papel de Miller, você irá entrevistar algumas pessoas para arrancar o máximo de informações possíveis. Para melhorar seus argumentos durante essas conversas, é possível explorar os locais e entrar em área restritas. Quanto mais documentos você tiver em mãos, maiores são suas chances de descobrir a verdade por trás do caso.

Porém, tudo muda de figura quando você entra no papel de Scarlet. Também funcionária da empresa para o qual seu marido trabalhava, ela tenta entender se foi culpada, de alguma forma, pelo ocorrido. Durante toda a aventura você irá perceber o sofrimento em sua voz e em suas atitudes, tornando tudo ainda mais difícil para os jogadores mais sensíveis

The Occupation
Os momentos com Scarlet são focados na dor pela perda do marido. Fonte: PS4 Share

Como dito anteriormente, o gameplay muda de acordo com o personagem que estiver no controle. No caso do Sr.Miller, é preciso ficar atento aos seguranças dos locais restritos. Se por acaso eles te pegarem, o expulsarão e darão uma advertência. O problema de ser descoberto está na atenção redobrada dos NPCs, deixando tudo um pouco mais difícil.

Mesmo sem um cartão de acesso (que você encontra no cenário), é possível explorar os locais “proibidões” através dos dutos de ventilação. Porém, é preciso ficar atento, pois há um bug que, às vezes, impede você de voltar por onde veio. Isso é um grande problema, principalmente se houverem funcionários por perto e nenhum lugar para se esconder.

E como estamos falando de esconderijo, é bom enfatizar que, embora o jogo avise quando você entra em locais proibidos, o ato de se esconder pode falhar às vezes. Em determinados momentos, os seguranças te veem em lugares que normalmente não deveriam. E em outros, eles simplesmente ignoram sua presença no ambiente.

The Occupation
É preciso ficar atento, pois às vezes os seguranças olha embaixo das mesas. Fonte: PS4 Share

Embora existam momentos furtivos para fugir da segurança, a história de Scarlet não é tão movimentada quanto a do Jornalista. Com cenários mais tranquilos e vazios, a perspectiva da mulher de Michael te dá um ótimo descanso para apreciar os cenários, que lembram muito o design de Dishonored.

Outro ponto que pode desagradar os jogadores, são os comandos de um título Adventure. Se você já jogou Heavy Rain e se irritou em ter que fazer Quick Time Events (QTE) para abrir uma simples porta, saiba que The Occupation está abarrotado deles. Em momentos de desespero, as chances de você se atrapalhar são muito altas. Para usar um cartão, por exemplo, é preciso segurar o botão e deslizar o analógico para baixo. A imersão pode ser muito convidativa, porém, não é a melhor opção para o console.

 /><figcaption class=O jogo se passa na década de 90, e toda vez que entra numa tela interativa, é preciso controlar um cursor para mexer no aparelho. Fonte: PS4 Share

Embora The Occupation tenha seus problemas técnicos, é importante enfatizar que o título é uma ótima pedida para quem busca algo que depende exclusivamente de seu instinto investigativo. A dublagem é ótima, bem como a história e os gráficos.

A tentativa de fazer o jogador entrar na pele dos personagens é falha em determinados pontos, mas ela é muito bem executada em outros. Como exemplo temos a possibilidade de ajustar o relógio, fazendo-o alertar a hora certa da entrevista e mostrando quanto tempo você ainda tem para caçar provas.

Caso você não saiba inglês, pode se perder muito na história. Não há legendas em português e nem previsão de quando (ou se) irá acontecer. Por outro lado, a White Paper Games garante que os bugs serão corrigidos para que você tenha a melhor experiência.

Veredito

The Occupation não é um título destinado para aqueles que se importam com tempo de duração ou gráficos, mas sim para aqueles que conseguem, mesmo com problemas técnicos, apreciar uma bela narrativa investigativa.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Humble Bundle.

Veredito

75

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The Occupation is not recommend to those players that care for graphics ou how much time you will pass in front of the TV. Even with some technicals issues, it’s recommended for those that appreciate a beautiful investigative story.

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The Occupation is not recommend to those players that care for graphics ou how much time you will pass in front of the TV. Even with some technicals issues, it’s recommended for those that appreciate a beautiful investigative story.

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Rui Celso

Jornalista que decidiu se aventurar no mundo gamer desde o tempo em que as revistas eram a principal fonte de informação deste mundo do entretenimento. Hoje eu expandi meu universo e também faço parte do backstage deste universo atuando como Assessor de Imprensa. Só pra constar: Paper Mario é o meu jogo favorito da vida.

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