Análise – The Shapeshifting Detective

The Shapeshifting Detective é um jogo no formato FMV (Full Motion Video). Ou seja, você não está jogando com gráficos, sim assistindo videos com atores reais, e a interação é feita em múltipla escolha. Seu objetivo é descobrir quem assassinou a jovem e sedutora Dorota.

Você não é apenas um curioso qualquer. É o detetive “Sam”, um transmorfo (sim, você pode se transformar em outros humanos, exceto crianças), e vai usar muito desta habilidade para blefar com os suspeitos do assassinato, e descobrir a trama. É possível interagir com todos os personagens, transformar-se neles, responder mais de 1600 diálogos, e claro, resolver o mistério.

Uma das personagens, Violet, é a atriz Aislinn De’ath, que atuou como Marianna no jogo anterior, como uma das pacientes de Dr. Dekker, o caso de assassinato da vez. Ela ficou muito conhecida por sua beleza, e destacou no jogo The Infectious Madness of Doctor Dekker.

O jogo começa com certa obscuridade. O clima fica ainda mais sobrenatural quando alguns dos suspeitos lidam com cartas de tarot, e fizeram a previsão da morte de Dorota. A trama desenrola livre, você pode escolher a qualquer momento com quem interagir, e quando é hora de ir até seu quarto e transformar-se secretamente em outra pessoa. As transições de cenário têm como fundo narrativas de rádio, com histórias suspeitas. Talvez aí o jogo fique entediante: são cinco contos, e chega num momento que repete.

É possível ficar divagando entre os suspeitos até chegar no ponto que não há mais diálogo, o que cria certa “ansiedade”para seguir em frente, não sabendo ao certo o diálogo de gatilho que dá a continuidade. Foi o mesmo erro do FMV anterior: chega um ponto da história que você tem muitos botões no menu de interação com o nome dos demais personagens, mas nenhum possui dinâmica. Seria mais limpo se apenas fosse mantido como interação quem de fato tivesse esta possibilidade.

No início você recebe algumas instruções. Seu nome, o que você deve e não deve fazer. Preste bastante atenção! Em algumas narrativas, seguir o padrão: agir de maneira contraditória, e até mesmo excluir opções com apenas uma resposta, acaba dando troféus. Mas tome cuidado. Agir completamente imprudente pode levá-lo à morte e o jogo acaba. Pelo menos tem troféu até pra isso.

A atuação é boa, mas o destaque fica para a ambientação. As gravações foram feitas em full HD, é possível ouvir ruídos do local, e até mesmo o som de roupas mexendo. Quanto aos cenários, é possível ficar entediado. Mas como jogos FMV têm foco na narrativa, é necessário muita atenção para não perder nenhum detalhe útil para desvendar os mistérios. Lembre-se que ser um transmorfo é um segredo, e você mesmo pode correr perigo. Crie laços, analise com cuidado cada resposta para garantir o melhor do jogo.

The Shapeshifting Detective é separado em capítulos. Sendo objetivo, com mais ou menos 4h você descobre quem matou a pobre garota. A dica que dou: sempre que estiver confuso ou sentindo que está rodeando nada, se transforme no chefe de polícia! E claro, aja como um detetive. Seja aquela pessoa curiosa, que usa blefe para conseguir informações, e aja com cautela para não acabar enrascado.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Wales Interactive.