Ao ver o trailer de anúncio e de lançamento, Starlink: Battle for Atlas não chama a atenção exatamente. Em um primeiro momento o jogo pode parecer simples, mas ao começar a jogá-lo, logo percebe-se que ele tem muito mais a oferecer. Planetas com visual colorido e que possuem sua própria fauna e flora, viagens espaciais e muito tiroteio fazem parte desse universo criado pela Ubisoft Toronto.
Parafraseando a descrição original do jogo no PlayStation Blog, Starlink segue a seguinte premissa: “Lidere um grupo de pilotos interestelares dedicados a libertar o sistema estelar Atlas de Grax e da Legião Esquecida”. E é exatamente isso que o jogo propõe, sem rodeios ou floreios. Isso de maneira alguma simplifica o jogo ou torna-o entediante. A progressão da escala de mundo, dificuldade e história durante a campanha de Starlink é um ponto positivo a ser ressaltado.
O jogador poderá escolher entre um grupo diverso de heróis (pilotos) para iniciar sua aventura: Hunter Hakka, Mason Rana, The judge, Shaid, Razor Lemay, Levi Mcray, Kharl Zeon, Eli Arborwood e a personagem brasileira Calisto Chase da Silva! Para os curiosos, Calisto é uma exímia pilota de corridas de 16 anos e Paulista. Após sofrer um grave acidente e perder um braço e uma perna, ela une-se ao time de heróis para salvar a galáxia.
O jogo traz comandos fáceis de serem assimilados, mas nem por isso eles deixam de ser variados. Existem tipos diferentes de armas (5 se os mísseis forem classificados de maneira diferente) e um leque grande de melhorias para cada uma. Ao derrotar inimigos ou encontrar itens nos planetas, o jogador receberá experiência e melhorias. Elas são classificadas como comuns, incomuns, raras, épicas, lendárias e relíquias. Além disso essas melhorias podem (e devem) ser usadas em sua nave e são conquistadas com relativa facilidade abundância.
Vale ressaltar aqui que a versão do jogo cedida a nossa equipe foi a Deluxe Edition. Ela conta com 5 naves, 9 pilotos e 15 armas enquanto que a versão padrão possui 4 naves, 6 pilotos e 12 armas. De maneira alguma o jogo fica desbalanceado por falta de conteúdo que é vendido na versão Completa (Deluxe).
Uma versão física mais completa também foi disponibilizada no mercado. Ela possui o jogo (mídia física), uma nave de plástico, 1 piloto, 3 armas, um suporte para acoplar a nave ao dualshock e 1 mini mapa. As outras naves do jogo, bem como os demais pilotos, também foram produzidos e podem ser adquiridos separadamente na Ubistore.
Uma característica curiosa é a leve similaridade entre Starlink e No Man’s Sky. Os planetas e criaturas exóticas são parecidas além das viagens ao espaço. Starlink possui planetas menores, porém mais exploráveis e com mais conteúdo, além de manter todos os elementos unidos de maneira mais concisa. Starlink é um jogo de simulação/aventura/shooter ao passo que No Man’s Sky é voltado para o sandbox e construções em geral.
O Sistema estelar é chamado Atlas e serve como cenário para toda a aventura. Logo no início do jogo a nave mãe, Equinox, é emboscada pela Legião Esquecida e aterrissa em um planeta próximo. Nessa emboscada, o capitão da Equinox, St. Grand é levado como refém. O líder da Legião, Grax, deseja usar a tecnologia desenvolvida por St. Grand para proveito próprio e age constantemente como uma ameaça ao jogador.
A motivação é relativamente simples, mas serve de pano de fundo para unir os heróis e seus ajudantes através de toda a galáxia. Como dito antes, os planetas possuem um progressão em relação a dificuldade e o espaço possui conteúdos completos (à sua própria maneira). Viajar entre um planeta e outro, ou até mesmo a nave mãe Equinox é sempre interessante. Aqui cabe uma menção às batalhas espaciais. Elas são intensas e muito interessantes. Além disso, o seu dinamismo conta muito para que elas não se tornem repetitivas ou até mesmo sem graça.
Mesmo sendo um jogo que não recebeu todas as luzes dos holofotes da imprensa, Starlink: Battle for Atlas merece ser lembrado como um jogo divertido e possuidor de bom conteúdo. Missões extras ou desafios ainda maiores agregariam muito ao universo criado, porém os jogadores não sairão insatisfeitos ou entediados de suas sessões.
Veredito
Starlink: Battle for Atlas é um jogo divertido que, sem rodeios, entrega batalhas espaciais intensas e exploração de mundos divertida e curiosa. Sua dificuldade poderia ser um pouco mais elevada e a variedade de vilões mais diversificada, porém isso não é um demérito algum e de forma nenhuma diminui o título.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Ubisoft.
Veredito
Starlink: Battle for Atlas is a fun game that, bluntly, delivers intense space battles and exploration of fun and curious worlds. Its difficulty could be a little higher and the variety of villains more diverse, but this is not a demerit at all.
[/lightweight-accordion]