Yoku’s Island Express

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A sueca Villa Gorilla é uma desenvolvedora de jogos que, embora nova, foi fundada por dois veteranos da indústria, Jens Andersson e Matias Snygg. A proposta dos dois é criar jogos pequenos e únicos, focados em um design de jogos inovador e com beleza em sua execução. Yoku's Island Express é o primeiro fruto da empresa e uma prova clara de que eles estão no caminho correto em sua empreitada.

Yoku's Island Express é uma mistura de dois gêneros clássicos, plataforma e metroidvania, com pitadas de mundo aberto e um ingrediente especial que liga tudo isso de maneira criativa e peculiar: o pinball. Grande parte da exploração do jogo é feita em cenários desenvolvidos como mesas de pinball, usando flipers para acertar uma bola, cujo trajeto pode ser mudado por elementos do cenário que atuam como bumpers. O objetivo é executar certas ações e trajetórias de modo a desbloquear o caminho.

O protagonista do jogo é o Yoku, um pequenino besouro do tipo "rola-bosta"(ou escaravelho), assim classificado por carregar consigo uma bolinha de excremento – que no jogo se torna a bola de pinball. Yoku chega à paradisíaca ilha tropical de Mokumana para assumir o cargo de carteiro do local.

Apesar de toda sua beleza, Mokumana está em perigo: uma criatura chamada God Slayer atacou Mokuma, a divindade que é o coração da ilha, colocando-a em um sono profundo. É necessário então enviar uma mensagem de convocação para os Governantes da ilha a respeito do ocorrido – um trabalho apto para Yoku, o novo carteiro.

A história do jogo, apesar de parecer boba e infantil, é bem feita e bem contada, trazendo um desenvolvimento interessante, inclusive com reviravoltas no final e até mesmo um "final verdadeiro" ao se obter todos os colecionáveis do jogo. O mundo como um todo também é bem desenvolvido, colorido e variado, tendo uma lore própria para suas divindades e criaturas, e trazendo personagens interessantes e habilmente estilizados.

Por trazer um pouco de mundo aberto, o jogador fica à vontade para decidir como cumprir os objetivos principais, explorando um mapa extenso e diversificado. Em sua jornada há NPCs oferecendo tarefas secundárias que podem render algumas frutas – a moeda do jogo, utilizada principalmente para desbloquear caminhos alternativos –, bem como podem dar algum item necessário para se acessar uma área até então bloqueada. O mapa vai sendo preenchido à medida que se visita novas áreas, deixando marcado os objetivos ainda incompletos.

Em muitas partes do caminho, Yoku entra em áreas em que as mecânicas de pinball são utilizadas para poder avançar. Nelas, o jogador aciona flipers (alavancas de pinball) para bater na bola, na tentativa de levá-la por diferentes trajetórias, o que pode desbloquear o caminho ou render uma boa porção de frutas quando se executa um comando de ações específico. Muitas áreas também possuem segredos ao se acertar com a bola em certos locais ou passar por um caminho um número X de vezes, sendo necessária observação e atenção do jogador para descobrir como acioná-los.

Um obstáculo conhecido de pinball, o bumper, é um elemento recorrente. Ele rebate a bola quando ela o acerta, fazendo com que sua trajetória seja redirecionada. Outros obstáculos próprios do jogo são adicionados posteriormente, oferecendo variedade às mecânicas de pinball e contribuindo para diversos momentos de frustação ou surpresa pelos diferentes caminhos que a bola pode seguir. Algo que acaba incomodando é que em certas partes é necessária muita precisão, timing e um pouco de sorte para encontrar o momento certo para bater a bola ou segurá-la, fazendo com que o jogador fique preso por tempo demasiado.

O pinball é o principal destaque do jogo, mas acaba tendo um foco muito grande, o que pode não agradar a todos, principalmente aqueles que gostam de ação. Yoku não tem ataques e nem mesmo barra de vida, algo desnecessário, visto que não há inimigos a serem enfrentados pelo caminho. Dessa forma, o jogo é constituído por bastante exploração e resolução de pequenos quebra-cabeças por meio das diferentes áreas de pinball – as quais, vale destacar, apresentam trajetos e objetivos diversos e criativos.

Mesmo assim, Yoku's Island Express também tem seus momentos de ação por meio de batalhas contra chefes, os únicos inimigos do jogo. Como era de se esperar, tais combates ocorrem em áreas de pinball e são pontos altos do jogo, devido à criatividade e maneira que são feitos. São momentos bem divertidos e é uma pena que aconteçam poucas vezes.

A arte do jogo é outra área que merece elogios. Tudo é artisticamente muito bem produzido e com cores vibrantes, seja no plano principal, como também nas diversas camadas que compõem o plano de fundo, sem contar também o design dos personagens e elementos do cenário. Isso acaba contribuindo para ter algo a que apreciar nos momentos mais tediosos, quando é necessário backtracking para procurar por colecionáveis ou finalizar algum objetivo secundário.

Por fim, Yoku's Island Express também tem seu destaque no quesito musical, trazendo algumas faixas que lembram música havaiana e são bem relaxantes. Apesar do grande enfoque nas mecânicas de pinball, o jogo é bem feito, original e criativo, contribuindo para dar um ar de novidade em gêneros clássicos e valendo a pena o investimento.

Veredito

Yoku's Island Express inova ao combinar mecânicas de pinball, plataforma e metroidvania, criando uma mistura original e muito divertida. Apesar de um grande foco no pinball e poucos momentos de ação (que são muito bem feitos e criativos quando acontecem), o jogo possui uma história interessante de se acompanhar, além de um mundo belíssimo a ser explorado.

Jogo analisado com código fornecido pela Team17.


 

Veredito

90

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Yoku’s Island Express innovates by combining pinball mechanics to platform and metroidvania genres, blending them in a unique and fun way. Despite focusing too much on pinball and having few moments of action (that, when occur, are well-made and creative), the game has an interesting story and a dazzling world to be explored.

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Yoku’s Island Express innovates by combining pinball mechanics to platform and metroidvania genres, blending them in a unique and fun way. Despite focusing too much on pinball and having few moments of action (that, when occur, are well-made and creative), the game has an interesting story and a dazzling world to be explored.

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