The Witcher 3: Wild Hunt recebeu o prêmio de melhor jogo de 2015 pelo nosso site. O jogo por si só já possui um conteúdo considerável e a expansão Hearts of Stone conseguiu oferecer uma história interessante e mais novidades. Com Blood & Wine, esperava-se que veríamos “mais do mesmo” do que foi mostrado na expansão anterior (e mesmo se isso acontecesse, não seria algo ruim), mas estamos falando da CD Projekt RED aqui e, bem, eles conseguiram se superar mais uma vez.
Blood & Wine se passa em uma área completamente nova chamada Toussaint, a misteriosa e encantadora Terra do Vinho. Fortemente inspirada pela beleza e a pompa do interior da França e da Itália, Beauclair, a capital da região, mistura colinas, estradas sinuosas, vilas charmosas e personagens intrigantes para criar uma paisagem colorida e vibrante como você nunca viu antes no jogo. Após Geralt aceitar um convite da duquesa para solucionar um problema que apenas um bruxo conseguiria resolver, sua jornada em Toussaint começa.
Esta nova região, além de ser grande e extremamente bonita, possui uma trilha sonora inédita também, o que passa uma sensação de ser um novo jogo ao invés de uma simples expansão.
Toussaint possui tudo que você pode imaginar. Há novas disputas de combates, um novo torneio de Gwent e novos contratos. Mas tudo isso possui um toque de novidade: os combates são um pouco diferentes, com ataques rápidos que devem ser defendidos ou estando bêbado, por exemplo, e Gwent possui uma nova facção (Skellige) que inclusive precisa ser usada no novo torneio.
Outra novidade é um sistema de “habitação” que esta expansão oferece. Ou seja, em um dado momento Geralt recebe uma propriedade que pode ser decorada a seu gosto. Você deve gastar dinheiro para melhorá-la. É possível comprar uma cama melhor, oferecer um estábulo para o Carpeado (seu cavalo), etc. No caso, isso pode melhorar as estatísticas como vitalidade, stamina, etc. A decoração pode incluir armaduras, armas, pinturas e até mesmo os troféus pegos por contratos feitos podem ser colocados à disposição. Isso tudo é uma caraterística interessante que foi mantida sob segredo até o lançamento da expansão e que muita gente adorará fazer uso.
Blood & Wine também oferece novidades nas estatísticas de Geralt. Em um dado momento da história, você terá a oportunidade de explorar um local que destravará as mutações do bruxo. Há 12 novas mutações que aumentam suas habilidades ainda mais. Não quero entrar em detalhes para não estragar a sua surpresa, mas se você tem pontos sobrando ainda, chegou a hora de usá-los em funcionalidades completamente novas para o personagem.
E não é só isso. A expansão oferece novas receitas de alquimia e um novo nível grandmaster de armadura, que traz novos visuais e estatísticas melhoradas para cada uma das escolas de bruxaria existentes. Para os exploradores, há 13 tinturas customizadas de armadura que podem ser aplicadas individualmente para colorir cada parte do conjunto. Para os colecionadores, também há um conjunto de tinturas raras e receitas alquímicas que só podem ser conseguidas superando as áreas mais remotas e desafiadoras de Toussaint.
E isso tudo que foi discutido pouco abordou a história principal da expansão. Acredite: ela deixa o jogador preso, querendo saber logo como tudo vai se desenrolar. O único porém é que, apesar de interessante, não se compara com o que vimos no jogo base. A busca por Ciri continua sendo melhor que atender pedidos de uma duqueza e lidar com vampiros.
Outro ponto negativo de Blood & Wine são os patches. Apesar do patch 1.20 que veio junto com a expansão ter melhorado muita coisa (aliás, vale a pena rejogar o jogo base agora, pois a experiência é quase outra com todas as melhoras que foram feitas desde o lançamento), principalmente na disposição no inventário, o patch 1.22, disponível no momento de postagem desta análise, deixou a expansão injogável. Nada que um patch 1.23 não resolva, porém, isso é algo que foi comum neste primeiro ano do jogo: a cada três patches que saíam, pelo menos um gerava algum tipo de problema sério. Aliás, se você visitar a página do jogo no Facebook, o que mais verá (além de elogios e de comentários direcionados à publicação em si) são pessoas reclamando de que equipamentos sumiram, que o New Game+ não funcionou, que a quest não completou, etc. Pessoalmente, não sofri problemas com Blood & Wine, mas gostaria de deixar esta ressalva na análise.
Expansão analisada com código fornecido pela CD Projekt RED.
Veredito
Blood & Wine possivelmente nos dá adeus às jornadas de Geralt de uma forma inesquecível. Temos em mãos algo que faz jus ao seu nome: expansão. Há uma nova história e muito conteúdo, seja completamente inédito ou expandido em relação ao que tinha no jogo base. É um DLC completamente obrigatório e que só agrega valor ainda mais a The Witcher 3: Wild Hunt.