Destiny 2

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Destiny foi lançado há três anos atrás, trazendo vários olhos a observar uma parceria entre Bungie e Activision, cercada de promessas sobre um universo fantástico e com vasto conteúdo, que poderia se manter ativo por dez anos. Já nos primeiros dias de seu lançamento, todos começaram a ver inúmeras falhas que não faziam jus ao histórico da Bungie, principalmente com a série Halo nos consoles da Microsoft.

Pode se dizer que foi um misto de idéias e expectativas não correspondidas, mas que teve seu charme e acabou por criar algo que talvez nem mesmo a desenvolvedora esperava: uma forte e unida comunidade. Mesmo com uma narrativa quase inexistente, design de missões nada criativo, personagens sem carisma e repetição ao extremo, o primeiro Destiny conseguiu mostrar algumas qualidades. A jogabilidade sempre foi de alto nível, com visuais de ponta e uma trilha sonora excelente. Combine tudo isso com a possibilidade de jogar todo o conteúdo do jogo com seus amigos e enfrentar desafios ainda mais difíceis em uma equipe com seis pessoas.

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Apesar do sucesso, o primeiro jogo ficou marcado principalmente por demonstrar um produto inacabado e que, devido a relatos, passou por vários problemas durante sua produção. A medida que os demais conteúdos pagos foram sendo liberados, Destiny foi crescendo em novidades que certamente poderiam fazer parte do jogo base, mas que foram vendidas separadamente. Durantes três anos a Bungie foi criticada e elogiada, sempre tentando melhorar sua obra, ouvindo a comunidade que fez o jogo crescer e criando um produto mais consistente, mesmo que, para os jogadores, tenha custado muito mais do que o preço padrão para obter a experiência completa.

Uma sequência era inevitável, principalmente porque o plano de manter dez anos de conteúdo não seria para o primeiro jogo, mas sim para todo o universo criado. Já para o seu lançamento, Destiny 2 tem uma tarefa árdua. Aprimorar tudo aquilo que fez seu antecessor se destacar e solucionar os vários defeitos apresentados. Conseguiria a Bungie se redimir?

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A resposta imediata é sim. Destiny 2 já se apresenta como um produto muito mais conciso do que seu antecessor. A sequência cresce exatamente onde deveria, mantendo o que era excelente e corrigindo a maioria dos problemas duramente questionados.

Destiny 2 começa com a torre dos guardiões sendo atacada pelas forças da Legião Vermelha, um exército de elite da raça Cabal que está indo atrás da fonte de poder dos guardiões: o Viajante. O ataque é poderoso e tudo é destruído, não restando outra opção aos líderes da vanguarda e demais guardiões além de recuar, reagrupar e começar do zero. A legião Vermelha, liderada por Dominus Ghaul, aprisiona o Viajante e impossibilita os guardiões de utilizarem a luz, a qual alimenta seus poderes, seu fantasma e garante sua imortalidade.

Dentro desse contexto, cabe ao guardião do jogador procurar de alguma forma outra fonte de poder, reunir os líderes da Vanguarda que se exilaram em outras localidades do sistema solar após o ataque e contra-atacar a Legião Vermelha para liberar o Viajante.

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Assim como a história de Destiny 2, que representa a redenção dos guardiões na busca pelo seu poder, a obra da Bungie claramente se remete à tentativa da desenvolvedora de se redimir por todas suas falhas com o título original, criando dessa vez uma história fechada, focada num objetivo único, sem megalomanias não explicadas e com início e fim. Apesar de não ter uma duração extensa, as prováveis seis a oito horas da campanha já demonstram uma evolução gigante em comparação ao primeiro jogo.

Algumas decisões foram importantes para o desenvolvimento da história. Cenas pré-renderezidas são mais frequentes e mais bem aproveitadas para a narrativa. Personagens secundários foram mais utilizados e as localidades do jogo são únicas e variadas, dando a cada missão um aspecto especial. Apesar da inclusão de veículos durante algumas partes, o design das missões continua a desejar, não mudando muito do ir ao objetivo, acionar algo, enfrentar vários inimigos, avançar mais e enfrentar o chefe no fim. De toda forma, a história recebeu muita atenção e deve-se elogiar o trabalho e evolução apresentado.

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Os conteúdos do jogo foram melhorados e refinados. Assaltos da Vanguarda possuem mais mecânicas de jogabilidade, variando do simples andar e atirar. As patrulhas das áreas de mundo aberto estão de volta, mas ganham agora companhia dos Setores Perdidos, pequenas dungeons com chefe e recompensas, além das Aventuras, missões de menor porte espalhadas ao monte em todos os locais.

Apesar das melhorias, não há muita novidade. O jogador vai se encontrar fazendo os eventos de mundo aberto, assaltos, Incursão e missões, da mesma forma que fazia no primeiro jogo. Os inimigos continuam idênticos; mesmo com algumas modificações no modelo de um ou outro, o jogador o tempo todo irá encontrar Cabais, Decaídos, Colméia e Vex, que já estavam presentes no jogo anterior.

A criação do personagem continua limitada e exatamente igual ao primeiro jogo. As classes são as mesmas, divididas em Arcano, Caçador e Titã. Cada uma terá opção de até três subclasses no decorrer do jogo, uma de cada elemento. Duas dessas subclasses são importadas com poucas mudanças do primeiro Destiny e a terceira foi remodelada, mas mantém traços parecidos com seus modelos anteriores.

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Assim como no primeiro Destiny, ao se alcançar o nível máximo de experiência, o jogador começa a focar em conseguir equipamento melhor, agora definido pela quantidade de poder de cada item. Em certo nível de poder, fica mais difícil conseguir equipamentos melhores, sendo que há algumas opções que podem ser feitas semanalmente para isso. Nesse ponto, Destiny 2 continua repetitivo, já que é necessário conseguir itens sempre que possível. A simplificação da economia do jogo deve ser elogiada, não sendo necessários vários itens diferentes para uso, sendo que apenas um tem várias funções, como os fragmentos lendários, que servem tanto para aprimorar equipamentos quanto para a compra de outros.

Mesmo com mais efeitos de luz e continuando visualmente belo como seu antecessor, o que realmente se destaca é a trilha sonora do jogo. Todas as músicas orquestradas são de uma qualidade altíssima, se fazendo presente em cada momento, desde uma simples patrulha ao clímax da história.

Os maiores eventos do jogo continuam sendo o modo competitivo e a incursão. Agora com quatro jogadores em cada equipe em modos de jogo já conhecidos, o competitivo pode se tornar um local onde um grupo fechado domina a partida com forte comunicação, mesmo que a utilização das super habilidades e munição pesada tenham sido reduzidas. A incursão é o maior desafio cooperativo do jogo, dependendo de muita comunicação, trabalho em equipe e um pouco de sorte. A nova incursão traz desafios que vão forçar ao extremo o trabalho em equipe, o que, por mais que seja interessante, pode ser frustrante em alguns momentos, principalmente caso alguns bugs ocorram.

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A Bungie sempre mostrou que Destiny é um produto que será melhor aproveitado junto com outros jogadores e isso não muda na sequência. Caso deseje se aventurar sozinho, acompanhar a história é agradável e participar do mundo aberto e assaltos serão recompensadores no início, mas é difícil passar por toda a repetição sem ter com quem jogar. Eventos como incursão e Anoitecer foram projetados para o jogo cooperativo, o que acaba afastando os interessados em aproveitar sozinho todo o conteúdo disponível.

Ao se aventurar por dezenas de horas, principalmente pra quem já tem a experiência do título anterior, não é difícil de perceber que Destiny 2 é o que o primeiro jogo poderia ter sido em todo seu potencial. No entanto, para uma sequência, ele agrega muito pouco em novidade, sendo um produto mais do mesmo feito em excelência. Aos que se dedicaram centenas de horas no título anterior e que acompanharam cada conteúdo extra, Destiny 2 é um prato cheio de diversão, principalmente acompanhado de seus amigos.

Veredito

Executando a fórmula já conhecida do estúdio com perfeição e ouvindo a comunidade de jogadores de Destiny, a Bungie cria uma sequência que é muito mais voltada aos veteranos, sem muita novidade, mas que evolui bastante desde o título anterior.

Jogo analisado com código fornecido pela Activision.

 

Veredito

84

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[lightweight-accordion title="Veredict"]

Perfectly performing the well-known studio formula and listening to the Destiny community players, Bungie created a sequel that is much more focused on veterans, without much innovation. However, it has clearly evolved a lot since the previous title.

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Perfectly performing the well-known studio formula and listening to the Destiny community players, Bungie created a sequel that is much more focused on veterans, without much innovation. However, it has clearly evolved a lot since the previous title.

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