No segundo episódio de Guardians of the Galaxy – The Telltale Series, Peter Quill ressuscita com a ajuda do misterioso artefato recuperado pelo grupo após a derrota de Thanos. Peter não sabe muito bem como e por que ele voltou à vida, e agora procura respostas, respostas estas que podem levá-lo a trazer de volta uma pessoa muito importante de seu passado terráqueo.
O episódio percorre diferentes cenários e situações ao longo de suas 2 horas de duração, focando na busca de Peter Quill por respostas acerca o misterioso artefato que o trouxe de volta. É interessante notar como a Telltale desejou abordar diversos elementos sobre os personagens e seus universos que os filmes ainda não abordaram. Do confronto literal com Thanos no episódio passado, indo para as memórias de Peter Quill com sua mãe e chegando neste episódio, que desenvolve muito bem a origem de Rocket Racoon, algo que foi sempre deixado no ar nos filmes.
A história de origem do pequeno guaxinim é o que dá coração para a segunda parte da história. Sem entrar em muitos detalhes, a trágica história de Rocket envolvendo uma pessoa querida acaba emocionando, justificando o lado ranzinza e mal-humorado do personagem como o conhecemos. A ótima dublagem de Nolan North só contribui para isso.
Outra personagem desenvolvida é Gamora e a relação com a sua irmã, Nebula, que procura vingança após a morte de seu pai. Outro personagem conhecido para os fãs da franquia é Yondu, que tem os mesmos trejeitos e sotaque de sua contraparte cinematográfica, interpretada por Michael Rooker.
Porém, aqui vemos outra fraqueza gigantesca dentro da série, que provavelmente vai ser levada até o final da temporada: os gráficos e o estilo visual adotado pelo estúdio. Apesar de já ser notável a falta de detalhamento nas texturas e modelos dos personagens no capítulo anterior, é no segundo episódio que isso se torna mais claro, com algumas expressões faciais e movimentações em cenas de ação horrendas, criando um uncanny valley comparável ao de jogos como Mass Effect: Andromeda. E isso se mostra especialmente (e infelizmente) com Peter Quill, já que dos personagens frequentes no episódio, ele é o único ser humano. Sim, a arte do jogo tenta ir para algo mais cartunesco do que um visual realista, mas isso acaba não compensando a falta de texturas e movimentação dos personagens. Rocket Racoon, por exemplo, tem expressões faciais duras e parece feito de plástico.
Infelizmente essa falta de cuidado nos visuais acaba quebrando a realidade do jogo e tira o jogador da imersão na história. Acaba passando a sensação de um produto feito às pressas e sem um primor em sua direção artística, nem tecnicamente bem executada. O carisma dos personagens e o tom leve da aventura (além da boa trilha sonora) acabam ajudando a minimizar algumas de suas falhas, mas no geral, parece um desenho animado CG de baixo orçamento produzido no início dos anos 2000.
Ao contrário do primeiro episódio, algumas escolhas feitas pelo jogador são mais interessantes aqui, pois envolvem diretamente outros personagens do grupo. Escolher entre uma jornada tem algumas consequências ao longo do episódio. Apesar disso, na maior parte do tempo as escolhas seguem basicamente a cartilha de escolhas e consequências dos jogos da Telltale.
A principal ameaça da série, a raça Kree e sua líder, Hala, são colocados de lado neste segundo episódio e não aparentam ser um grande perigo para os heróis até os momentos finais dele. Algo que pode ser desenvolvido nos episódios seguintes? Sim. Mas com suas ausências a história parece ser levada mais pelo seus subplots do que a trama principal nesta segunda parte.
Veredito
O segundo episódio da temporada de Guardians of the Galaxy tem seus altos e baixos. Apesar de entregar alguns momentos interessantes para o desenvolvimento de seus personagens (especialmente de Rocket Racoon), o episódio ressalta alguns dos maiores problemas da série, como a falta de polimento nos gráficos e a ausência de escolhas significativas no jogo.
Jogo analisado com o código fornecido pela Telltale.
Veredito
The second episode of the Guardians of the Galaxy season has its ups and downs. Despite delivering some interesting moments to the development of his characters (especially Rocket Racoon), the episode highlights some of the series’ biggest problems: the lack of polishment in the graphics and meaningful game choices.
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