[PSN] The Flame in the Flood

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The Flame in the Flood foi lançado para XOne, Windows e MAC em fevereiro de 2016, por meio de campanha no Kickstarter que arrecadou cerca de 100.000 dólares a mais do que a meta inicial de 150.000 dólares, e recebeu uma versão “definitiva” para PS4 em 17 de janeiro de 2017. O jogo é produzido por uma produtora independente situada em Cambridge, uma área com 2 das mais importantes faculdades dos EUA na região da grande Boston, em Massachussets. O nome da produtora, The Molasses Flood, inclusive faz referência a um desastre ocorrido na cidade de Boston em 1919, conhecido como “The Great Molasses Flood”. A equipe que desenvolveu o jogo conta com um total de 6 pessoas, que possuem em seus currículos títulos como Bioshock, Bioshock Infinite, Guitar Hero, entre outros.

The Flame in the Flood é uma aventura de sobrevivência, puramente sobrevivência, em todos os aspectos. O jogo lembra títulos como How to Survive e State of Decay, não em questão de jogabilidade ou qualquer aspecto técnico, mas na questão de “sobrevivência”. Tudo se baseia basicamente em coletar suprimentos e combiná-los para conseguir itens cada vez mais úteis e complexos. A maior diferença aqui, e o que o difere totalmente de qualquer outro jogo nesse estilo, é que toda a aventura acontece em “linha”, e o que quero dizer com isso? O seu progresso acontece em cima de uma jangada em um rio, uma jornada que só tem um sentido, sempre em frente, no sentido do rio…


E essa narrativa da aventura é sua parte cativante. Não existe “história”, prelúdio nem informações do passado da personagem. A única coisa que “conhecemos” e logo nos simpatizamos é o nosso amigo AESOP, o nosso amiguinho cão e fiel escudeiro, que é o responsável pela centelha que abastece a aventura e dá o impulso de sempre seguir em frente, movidos pela curiosidade.

AESOP entrega à protagonista uma bolsa com um rádio apenas com estática e daí se dá o “objetivo” principal do jogo, descobrir que sinal de rádio é esse, de onde ele vem, quem o transmite. A partir daí a aventura começa e o jogador descobre como essa jornada pode ser difícil, e o será, e tudo parece convergir para se tornar uma aventura inglória, pelo fato de só poder seguir em frente e ter uma quantidade insuficiente de espaço no começo.


O gameplay é relativamente simples e o jogador descobrirá com cada morte os truques para conseguir sobreviver a essa jornada. O fato de, no começo, sempre seguir em frente rio abaixo em um bote simples pode fazer com que o jogador se perca tentando parar em todas as docas do mapa. As docas são pontos de parada ao longo do rio e possuem diversos tipos de “cenários” diferentes (floresta, acampamento, marina, etc.), com cada cenário possuindo determinada possibilidade de conter certos tipos de matéria-prima, fundamentais para criar determinados tipos de equipamentos. Esses cenários aparecem no decorrer de um rio que corre ao longo de 10 regiões.


Todas as matérias-primas são primordiais para determinados equipamentos fundamentais, armas, armadilhas, roupas, comida, água, fogo, remédios, entre outros. Tudo se passa em um progresso temporal divido em dia, noite, distância e número de dias. A situação de saúde da personagem é medida por meio de contadores de 0 a 100 para sede, fome e fadiga, além de um contador para sua temperatura corporal, que varia de acordo com suas roupas, se estão molhadas ou não, horário do dia, etc. Tudo está diretamente relacionado à sua capacidade de conseguir se manter o mais “saudável” possível.

Para manter sua saúde, é necessário criar medicamentos e itens para a possibilidade de “reparo” de fraturas, arranhões, etc. Ao passar pelas áreas procurando suprimentos, você se deparará com formigas, javalis, lobos, cobras, etc., que poderão lhe causar fraturas, dilacerações, infecções, etc. A falta do remédio necessário resultará na morte do jogador e no reinício da aventura desde o começo ou a partir do último ponto de controle salvo. Esse é um ponto importante para o decorrer da aventura: é crucial que você consiga alcançar os pontos de controle para que não tenha que voltar ao início de uma região sem os itens ou upgrades obtidos.


Tecnicamente, o jogo é muito bem feito, apesar de uma equipe relativamente pequena que, em alguns casos, sobrecarregou funções no decorrer do desenvolvimento do jogo. Isso é relatado por Damian Isla, que descreve sua função na criação como “um dos engenheiros desse projeto e me encontrei em vários elementos da criação do rio, da IA, dos controles, port de Mac e todo tipo de coisa”. Estes relatos são diálogos disponíveis ao longo do jogo, que descrevem vários elementos da criação e desenvolvimento do projeto, narrado por todos os membros da equipe e legendado em PT-BR – um ponto importante do jogo: ele está totalmente legendado em português do Brasil.

A arte do jogo é extremamente colorida e muito bem feita, com elementos correndo pelo rio, chuva, e detalhes em todos os cenários ao longo de sua jornada. A trilha sonora, feita por Chuck Ragan, é extremamente agradável e dá um toque especial à aventura com um tom mais “melancólico”, sendo uma excelente trilha sonora, que tem tudo a ver com a imersão que o jogo tenta passar.


Veredito

The Flame in the Flood não pode ser considerado um jogo “casual”; está mais para uma aventura para quem procura um desafio a ser superado, desafio esse que só será superado com o aprendizado de erros cometidos em tentativas anteriores. Um desafio movido pela curiosidade: “O que eu encontrarei? Qual o desafio terei de superar à frente?”. Ele traz uma perspectiva de nossa própria vida, o que nos faz seguir em frente? É essa a narrativa e a imersão que The Flame in the Flood traz ao jogador, buscar respostas para perguntas que são encontradas pelo caminho. E tudo isso em um mundo (rio) desafiador, ao lado do melhor amigo do homem, o carismático amigo/cão AESOP. É uma excelente aventura fora dos holofotes das grandes produtoras, mais um excelente jogo “Indie” no mercado.

Jogo analisado com código fornecido pela desenvolvedora.

Veredito

80

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Carlos Oliveira Maciel

Apaixonado por videogames e tecnologia desde sempre, jogador de Atari, Mega-Drive, SNES, PS1, PS2, X360, PS3, PS Vita, XONE, PS4, PS VR, PS4 Pro, ONE X........ Fora o PC, os fliperamas e os videogames dos amigos....

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