The Technomancer

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RETRATAÇÃO: infelizmente, nosso redator cometeu plágio nesta análise. Lamentamos pelo ocorrido. Não teremos mais textos publicados de sua autoria.

– Equipe PSX Brasil


 


Atualmente, RPG`s de ação formam um dos gêneros de games mais populares entre os jogadores e têm constantemente nos presenteado com verdadeiras obras-primas. Vide Dragon Age Inquisition, The Witcher 3 e Fallout 4. Isso só pra citar alguns.

Nesse contexto há um jovem e promissor estúdio francês chamado Spiders que há algum tempo busca ganhar destaque. Especialista nesse gênero de game, possui em seu portfólio obras como Of Orcs and Men, Mars: War Logs e Bound by Flame, sempre lançadas em parceria com a distribuidora Focus Home Interactive. Entre esses jogos, há algo em comum: todos traziam boas ideias em sua concepção, mas tais ideias não eram bem executadas e acabaram se transformando em produtos medianos. Típico problema que acontece quando o orçamento do desenvolvedor é menor que sua criatividade.

Seu mais recente lançamento, mais uma vez em parceria com a Focus Home Interactive, The Technomancer gerou certa expectativa nos fãs desde que foi revelado ao público. Boa parte dessa expectativa se devia ao enredo do jogo. Ambientado em um futuro distópico, sua história se passa em um planeta Marte colonizado pela raça humana e devastado após uma catástrofe provocada por uma alteração em sua órbita.

Realmente, a história é o grande ponto positivo desse jogo. Após o cataclismo que devastou o planeta e dizimou boa parte dos colonos, Marte perdeu toda a comunicação com a Terra. Aqueles que sobreviveram ficaram à mercê da inclemência do planeta vermelho. Escassez de água e radiação solar, que provoca mutações naqueles que se expõem à luz, são os principais problemas para essa sociedade. As grandes empresas que eram responsáveis pela exploração dos recursos marcianos acabaram por formar cidades-estado que vivem em conflito constante por água e territórios habitáveis.

Nesse cenário, controlamos Zachariah, um jovem Technomancer, espécie de “guerreiro-mago” que tem a habilidade de controlar e utilizar eletricidade para combater seus inimigos, ainda em processo de descoberta de seus poderes. Seus principais objetivos são proteger os segredos da ordem, descobrir a natureza da mutação que o afeta e restabelecer as comunicações com a Terra.

A maior parte da trama consiste em cumprir missões para sua ordem e para sua companhia-estado, Abundance. Porém, a história principal pode ser facilmente deixada de lado devido à vastidão do mapa do jogo e à infinidade de missões secundárias que nos são apresentadas. Essas missões secundárias, apesar de um pouco desinteressantes, são quase obrigatórias frente à necessidade de evoluir o personagem para progredirmos na história.

Após um início um tanto morno, conforme avançamos no jogo sua trama se torna mais interessante. Nossas decisões afetam o desenrolar da história e a maneira como alguns NPC`s reagem ao nosso personagem. Enquanto alguns desses NPC`s podem unir-se a você, ajudando-o durante a jornada, outros podem se tornar inimigos mortais. Todos eles possuem uma história interessante para contar ao jogador, basta que dialoguemos com eles, porém, nem todos irão despertar sua curiosidade.

O combate em The Technomancer lembra o que vimos em The Witcher, mas é menos intuitivo e fluido que o do blockbuster. As batalhas acontecem em tempo real com ênfase em ataques, defesas e esquivas. A característica mais marcante são as três posturas que o personagem pode adotar. Cada uma delas envolve equipamentos específicos: maça/machado e escudo, bastão e adaga e pistola. O primeiro estilo é mais focado em defesas e contra-ataques, o segundo é melhor para ataques em área e o terceiro se presta melhor a esquivas e ataques a distância. Os poderes de manipulação de eletricidade podem ser combinados com qualquer um desses estilos.

Apesar de algumas falhas pontuais na IA que tornam certos inimigos um tanto estúpidos, as batalhas em geral são bastante desafiadoras. Aprender a lidar com os três estilos de combate pode facilitar bastante a vida do jogador, lhe dando mais recursos para superar os diversos tipos de inimigos.

O sistema de customização de equipamentos é um tanto raso, deixando a desejar em termos de utilidade. Na maior parte das vezes é mais fácil encontrar armas e equipamentos melhores revirando um dos inúmeros baús espalhados pelo cenário do que gastar tempo e recursos melhorando os que você já possui.

O sistema de evolução do personagem apresenta uma maior profundidade. Cada estilo de combate possui sua própria árvore de habilidades, além de outra exclusiva para os poderes de controlar a eletricidade. Há toda uma árvore de talentos que podem tornar o personagem mais furtivo, carismático, resistente ou com maior capacidade de criação. É necessário estratégia para gastar nossos pontos de evolução, uma vez que não é possível realocar esses pontos posteriormente.

Enquanto o enredo de The Technomancer se destaca, com uma boa história e alguns diálogos interessantes, seu impacto é ofuscado por um trabalho de dublagem que beira o amadorismo. As conversas entre os personagens não demonstram quase nenhuma emoção. O que vemos é um completo distanciamento entre o que se passa no jogo e a entonação das falas.

A trilha sonora também deixa a desejar. A maior parte das faixas é muito curta e são repetidas à exaustão. As poucas músicas mais longas são vazias, parecendo obras incompletas. A parte gráfica também chama a atenção negativamente. Animações mecânicas e repetitivas, texturas um tanto lavadas, personagens apáticos, movimentos faciais quase inexistentes e efeitos de iluminação razoáveis fazem crer que, com algum esforço e quase nenhum comprometimento gráfico, The Technomancer poderia muito bem ter sido lançado para PS3.

Veredito

Em uma indústria polarizada entre megaproduções ou indies, é cada vez mais raro o lançamento de jogos de orçamento médio. The Technomancer chega para ocupar esta lacuna, mas acaba pecando por sua ambição. Apesar de apresentar uma bela proposta e um enredo muito bem trabalhado, capaz de prender nossa atenção por horas a fio, o jogo deixa bastante a desejar quanto aos aspectos técnicos. O trabalho de dublagem foi muito mal executado, a trilha sonora é rasa e sem vida e os gráficos parecem saídos de um console da geração passada. Como dito no início da análise, parece que o orçamento à disposição do Spiders Studio não faz frente à criatividade do seu pessoal.

Jogo analisado com cópia digital fornecida pela Focus Home Interactive.

Veredito

70

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