Valkyria Chronicles Remastered

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Valkyria Chronicles é uma das pérolas da Sega que foi originalmente lançado no PS3. O título recebeu críticas positivas devido a sua história, personagens, jogabilidade e por ser um pacote completo e excelente, tornando-se um dos melhores jogos na plataforma. Infelizmente, levou um tempo até que a série ganhasse maior popularidade e, anos depois de seu lançamento, a Sega o relançou no PC e no PS4 com uma série de melhorias gráficas e todo conteúdo DLC incluso.

A versão de PS4 é similar à versão de PC e possui gráficos 1080p, 60 frames por segundo e tempo menor nos loadings. Honestamente, as diferenças não são tão grandes porque o original já era um jogo muito bonito e os gráficos estilizados envelheceram perfeitamente. Mesmo os 60 frames por segundo são pouco relevantes já que esse é um jogo de estratégia com poucos elementos de ação.

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No entanto, a remasterização me deu motivo e oportunidade para rejogar Valkyria Chronicles depois de tantos anos e assim confirmar, sem sombra de dúvida, que esse é um clássico para todas as eras e que ainda é uma experiência espetacular.

Valkyria Chronicles acontece em uma versão alternativa da Europa, em que uma guerra entre dois superpoderes é iniciada devido à falta de Ragnite, um minério utilizado como combustível, não diferente do Petróleo atualmente. O Império, um dos superpoderes, declara guerra e ataca Gallia, uma pequena nação neutra ao norte da Europa, que possui grandes reservas do minério. A história então segue Welkin Gunther e os membros do Esquadrão 7, explicitando como suas ações levaram ao fim do conflito entre Gallia e o Império.

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Valkyria Chronicles utiliza de uma ambientação similar à Segunda Guerra Mundial, mas demonstra ao jogador de maneira surpreendentemente didática assuntos sérios como guerra, briga por território e recursos, tramas políticas, racismo e perseguição, entre muitos outros. A guerra é devidamente retratada como um conflito que retira a vida de milhares de pessoas e não como uma fantasia de poder como em muitos outros jogos atualmente.

Também existem momentos, especialmente missões extras, que melhor caracterizam os personagens mais importantes do Esquadrão 7. São muitos membros e apenas alguns poucos recebem a devida caracterização e são os protagonistas em quase todas as cenas, no entanto, a caracterização de todos é extremamente bem feita e é possível observar claramente o quanto evoluem durante o jogo.

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A jogabilidade é uma mistura de um RPG estratégico com jogos de tiro em terceira pessoa.  A cada turno é possível comandar um número de unidades e fornecer ordens que melhoram suas capacidades de batalha. Uma vez escolhida uma unidade, a visão muda para terceira pessoa onde é possível se locomover, mirar e atirar nos alvos. Cada unidade também possui uma classe e utilizar suas características é fundamental para se derrotar inimigos mais fortes como Comandantes ou Tanques. Por exemplo, Scouts são ideais para explorar o terreno, enquanto que Lancers são as únicas unidades equipadas para derrotar tanques e outros inimigos com armaduras. É um sistema simples, mas que permite bastante complexidade em seus cenários e estratégias.

Grande parte dos capítulos introduz um novo elemento ao combate e cabe ao jogador se adaptar ao novo cenário. Baixa visibilidade, trincheiras, espaços abertos, florestas, desertos, há uma variedade impressionante de desafios até o final do jogo, momento em que todos seus conhecimentos serão postos à prova. No final de cada batalha, há um sistema de ranking que diz sua performance em batalha, no entanto, esse só leva em consideração quantos turnos foram necessários para concluir o combate, priorizando velocidade ao invés de estratégias bem construídas.

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Outros problemas, também presentes na versão original, é o desbalanceamento entre as classes e alguns picos notáveis de dificuldade. É bastante comum escutar jogadores que desistiram do jogo em Barious e o nome Ghirlandaio ainda me traz más memórias devido à dificuldade de seus objetivos. São pontos bem definidos no jogo em que esses picos ocorrem e que podem afastar jogadores menos dedicados. Em relação às classes, Scouts são extremamente fortes após evoluir alguns níveis e isso acaba por limitar bastante a utilidade de outras classes. 

São pequenos detalhes que afetam o combate, mas, no geral, ainda é um sistema de batalha excelente e que foi eventualmente refinado e modificado em Valkyria Chronicles 2, Valkyria Chronicles 3 e em alguns jogos da série Shining. O jogo ainda permite New Game Plus para se obter melhores rankings e todos os troféus que foram adicionados à essa nova versão.

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Veredito

Finalizando, Valkyria Chronicles ainda é um excelente título e, caso ainda não conheça, um título obrigatório para todo jogador. Há poucas diferenças se comparado ao original e à versão PC, portanto aqueles que já possuem alguma das duas versões não tem tanto incentivo para comprarem essa nova. De qualquer modo, é uma incrível adição à biblioteca de jogos do PS4 e eu realmente torço que essa não seja a última vez que visitaremos Gallia.

Jogo analisado com código fornecido pela Sega.

Veredito

95

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