Mad Max ficou bastante conhecido pelos filmes com Mel Gibson. Porém, foi com o novo filme lançado este ano e estrelado por Tom Hardy que a franquia recebeu um sopro de vida de tirar o fôlego. Para acompanhar esse renascimento, a Avalanche Studios, conhecida pelo caos de Just Cause, ficou encarregada de trazer o universo à vida nos videogames. E conseguiu.

Antes de começar a análise, é preciso deixar claro que apesar do jogo aproveitar o embalo do novo filme, não se trata de uma adaptação direta. Temos uma história nova e poucos elementos possuem relação com o filme. No jogo, Max está a caminho das Planícies do Silêncio e acaba sendo atacado por um grupo de Garotos de Guerra comandados por Scabrous Scrotus – filho de Immortan Joe que vimos no filme. Max perde tudo: seu carro, roupas e suprimentos. Ele acaba encontrando um corcunda chamado Chumbucket que está em busca de criar o carro perfeito, o Magnum Opus. Vendo a chance de se vingar de Scrotus, Max se une a Chumbucket e ambos partem em busca de comida, água, aliados e, principalmente, peças para evoluir o Magnum Opus ao máximo.

O enredo não é muito complexo, mas o diálogo é bem escrito e os dubladores fazem o seu trabalho muito bem (não temos dublagem em português do Brasil, mas há legendas). Portanto, a história não é o foco em Mad Max, mas sim o seu mundo aberto.

Você passará muito tempo dirigindo o Magnum Opus. É o seu meio de transporte principal (mais tarde no jogo você destrava os "fast travels") e também sua principal arma de combate. Há diferentes opções para destruir seus inimigos enquanto dirige: atirar com sua arma, usar o gancho, o rifle ou até mesmo dar um "encontrão" com o veículo. O mais divertido, sem dúvida, é o gancho, que além de poder ser usado para destruir torres e outros objetos, pode ser atirado em inimigos e arrastá-los sem piedade com seu carro.

O combate veicular funciona muito bem, mas é chato ver que logo no início muitas coisas não podem ser feitas até você atualizar o Magnum Opus – discutiremos sobre os upgrades mais adiante.

O sistema de combate do jogo não é somente veicular, tendo também momentos a pé. Ao encontrar inimigos, Max luta numa jogabilidade similar à encontrada nos jogos da série Batman: Arkham, com o botão triângulo servindo de contra-ataque e quadrado para atacar. Porém, o sistema é mais facilitado, principalmente nos combos. Vale ressaltar que em alguns casos haverá um inimigo tocando um tambor que pode acabar empolgando e consequentemente fortalecendo os inimigos.

Max também pode usar algumas armas brancas que quebram após algum uso, bem ao estilo dos clássicos beat'em up dos anos 90. E, obviamente, pode usar até mesmo sua Shotgun (já que Max pode matar os inimigos, ao contrário de Batman). O problema de usar a Shotgun ou qualquer outra arma é a escassez de munição e outros recursos.

Por exemplo, você precisa sempre se preocupar com a gasolina de seu carro, ficando de olho no medidor de combustível. Deve armazenar sempre um galão de reserva – que pode inclusive ser usado não só para abastecer, mas para abrir portões trancados com a explosão que pode ser causada. Além da gasolina, Max deve guardar água em seu cantil, que basicamente é o que restaura sua energia. E, finalmente, temos a munição, bastante escassa no mundo pós-apocalíptico. Atire somente quando for realmente necessário.

Outro item são as Sucatas, que você pegará aos montes pelo jogo. Elas funcionam como o dinheiro in-game e podem ser usadas para melhorar tanto o equipamento e habilidades de Max, quanto o seu carro. Há inúmeros upgrades. No início, você é obrigado a atualizar determinados aspectos que o jogo pede e ensina, mas conforme progride, poderá evoluir o que achar melhor. E não há só upgrades – há customização também, como o cabelo de Max ou as cores e detalhes do Magnum Opus.

Isso nos leva aos colecionáveis. O jogo indica o que falta em cada região, seja Sucata ou até mesmo as chamadas Relíquias Históricas (como, por exemplo, fotos do mundo como ele era antes do apocalipse).

Em Mad Max, por ser um mundo aberto, há muita coisa a se fazer além de seguir a história principal. Há muitas missões paralelas que consistem em lidar com bandidos em uma determinada região, por exemplo, e que precisarão de estratégias para isso, pois haverá snipers, veículos e os próprios inimigos. Há também os monumentos espalhados pelas regiões que, ao serem derrubados, diminuem a influência do comandante da região.

Essas bases que podem ser invadidas normalmente são lineares e bastante simples no sentido do que deve ser feito (enfrente um chefe no fim e exploda-a). E é por causa dessas bases que o jogo pode se tornar monótono, pois você fará isso várias vezes quando não está seguindo a história.

Após várias horas, o mundo do jogo, apesar de ser bonito, se tornará cansativo e os inimigos serão muito similares entre si, assim como as bases. O verdadeiro problema de Mad Max é justamente essa repetitividade. Você evoluirá o personagem, seu carro e os inimigos ficarão cada vez mais fortes. Mas o gameplay e a variedade de coisas a serem feitas serão as mesmas praticamente desde o início.

Mad Max possui várias e várias horas de duração, mas pode acabar se tornando monótono. De qualquer forma, é um jogo que merece ser conferido.

Veredito

Mad Max possui um sistema de combate muito bom e variado (seja no veículo ou a pé), um mundo aberto cativante, sistemas de upgrades e customização funcionais e várias horas de jogo. O seu maior problema é a repetitividade, principalmente das missões paralelas e do gameplay, que pode deixar o título monótono após algumas horas.

Jogo analisado com código fornecido pela WB Games Brasil.

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