One Piece Pirate Warriors 3

One Piece Pirate Warriors 3 é a adição mais recente à leva de jogos baseados na franquia de sucesso japonesa, One Piece. Esta série foi ampliada para anime, jogos, filmes, mercadorias, participações, e hoje em dia é uma das maiores séries da Bandai Namco, empresa responsável pelos jogos da franquia. Pirate Warriors 3 foi lançado para o Playstation 4, Playstation 3, Playstation Vita e PC no Ocidente.

Começando com uma breve explicação, One Piece Pirate Warriors 3 conta toda a história da série, desde o começo até por volta do episódio 628 do anime. Sim, One Piece já ultrapassou os 700 episódios no anime. Apesar de o jogo levar em seu nome o número “3”, ele não é uma sequência direta, e sim uma versão mais completa e atualizada em comparação com os jogos anteriores.

Para aqueles que não conhecem os jogos da série “Pirate Warriors”, eles são desenvolvidos pelo Team Omega Force, da Koei Tecmo, uma desenvolvedora conhecida pelos seus jogos de ação de “um contra mil”, também chamados de musou. E é essa a jogabilidade encontrada nos Pirate Warriors , ao contrário de outros jogos da série One Piece, como o One Piece Unlimited World Red lançado no ano passado.

Introduzindo a história, você acompanha a jornada de Luffy, um garoto que tem como objetivo se tornar o próximo rei dos piratas, após a execução de Gol D. Roger, o até então rei dos piratas. Gol D. Roger era a maior figura entre todos os piratas e possuía o maior tesouro de todos, o lendário “One Piece”. Com um início solitário, Luffy conta apenas com o poder que adquiriu ao comer uma das frutas do demônio, a fruta da borracha, que concedeu a Luffy um corpo de borracha.

Apesar desse início complicado, Luffy nunca perde o bom humor e, com o avanço da história, ele consegue recrutar valiosos companheiros para a sua trupe de piratas, tornando-se uma das maiores forças a serem reconhecidas entre os piratas por todo o mundo. Um dos pontos mais interessantes da história, não só do jogo como de toda a franquia, é acompanhar essa longa jornada do protagonista, de encarar sozinho o mar com o objetivo de se tornar o próximo rei dos piratas, até conquistar uma equipe forte, uma reputação de afugentar outros piratas, sem nunca perder o seu objetivo.

A jogabilidade, como havia dito anteriormente, é no estilo musou, iguais aos jogos anteriores da série Pirate Warriors, como também das séries Dynasty Warriors e Samurai Warriors. O jogo conta com 37 personagens controláveis, desde a equipe de Luffy, até os grandes almirantes da Marinha e ícones lendários como Shanks, que faz sua estreia como personagem controlável nesse jogo.

Controlando qualquer um desses 37 personagens que vão sendo habilitados no jogo em seus diversos modos, você encara um mapa cheio de inimigos para derrotar, diversos objetivos que vão mudando de acordo com o desempenho do jogador e com grandes batalhas à espera no final de cada etapa. A quantidade de jogadores serve para evitar que o jogo se torne repetitivo, embora as mudanças de personagens não afastam completamente aquela sensação de “derrotar 1500 inimigos no mapa, completar alguns objetivos, derrotar o chefe da fase”.

O jogo conta com três modos distintos para o jogador. Temos o modo história, que acompanha o protagonista desde o começo até uma das fases mais recentes da história no Japão; temos o modo “free log”, no qual o jogador escolhe o personagem que quiser e encara missões sem as restrições do modo história; e também o “dream log”, no qual existem várias ilhas a serem conquistadas pelo jogador, com o nível de dificuldade sendo aumentado a cada ilha conquistada, e também sendo o único modo de habilitar o personagem “Shanks”, que o espera na última ilha para a luta final. Além disso, o jogo também conta com um modo online, o qual outros jogadores podem se unir a você e enfrentar missões juntos.

Analisando a versão de Playstation Vita, os gráficos do jogo surpreendem pelo fato de que, apesar das limitações do portátil, ainda são bem definidos, aproveitando a capacidade do sistema para não sofrer neste departamento. A performance do jogo é onde vai o meu maior elogio, já que ao adaptar a quantidade de inimigos visíveis na tela, o jogo não sofre de slowdown, queda de framerate e nem mesmo precisou sacrificar tanto os gráficos para que rodasse bem.

O jogo é inteiramente legendado em inglês e dublado em japonês, sem a possibilidade de escolhas para outras línguas, seja na dublagem ou nas legendas. Por se tratar de um jogo baseado numa franquia japonesa muito conhecida, alguns podem gostar dessa escolha, já que o elenco que deu as vozes ao anime volta para dublar os personagens no jogo. * É possível alterar o idioma do jogo para o espanhol ao alterar o idioma do console para espanhol também. Alterar o idioma do console para português do Brasil ou português de Portugal mantém o idioma do jogo em inglês.

A trilha sonora é inteiramente influenciada pela do anime, com faixas que te fazem lembrar automaticamente das aventuras já vivenciadas por aqueles que assistiram o anime. Isto ajuda o jogo a dar aquela impressão de que o jogador está adentrando no mundo familiar da série.

O jogo não é inteiramente longo, você consegue fechar o modo história entre quinze a vinte horas, mas o seu forte são a variedade de personagens, com ataques e especiais diferentes uns dos outros, os objetivos extras que você habilita conforme aprimora suas habilidades e os power-ups que seus personagens ganham ao serem utilizados pelo jogador.

Talvez a minha maior crítica ao jogo seja justamente de acompanhar uma história que está em andamento, o que significa que ela não está completa e outros jogos virão no futuro como versões mais “completas”. É uma faca de dois gumes, já que é um dos melhores meios de acompanhar e relembrar a história sem assistir a 700 episódios do anime, mas também significa que ela é cortada em um ponto e segue nas outras plataformas da série.

Jogo analisado com código fornecido pela Bandai Namco Brasil.