[PSN] The Swapper

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Os caminhos na tentativa de desvendar o desconhecido, em busca de respostas, sempre causará fascínio. The Swapper representa mais que uma alegoria desta afirmação. Há todo um conjunto em prol dela, nos mais diferentes níveis (convencionais ou não) que um jogo pode oferecer.

O ambiente sombrio cerca cada canto da estação espacial Theseus. Este rico cenário em progressão lateral lembra a atmosfera de um Dead Space. Porém, ao invés de nos preocuparmos com a presença súbita de um Necromorph, devemos nos preocupar com algo ainda mais profundo. Elaborada por meio de logs de áudio, de textos encontrados nos terminais e, ainda, nas frases misteriosas encontradas em pedras espaciais, a narrativa de The Swapper se torna um quebra-cabeça convergente aos puzzles presentes e que determinarão o prosseguimento em busca de uma saída e de respostas.
 


Avançar para novas áreas da estação espacial Theseus se torna possível ativando diferentes mecanismos. Para ativá-los, é necessário um número específico de orbs, localizados em diferentes pontos do local, fazendo com que o jogador transite entre idas e vindas pelos cenários, num simulacro do estilo metroidvania.

A jornada para o acesso a cada orb nos presenteia  com as possibilidades das mecânicas de The Swapper. Em cada área em que uma preciosa orb se encontra, cooperação se torna essencial para alcançá-la. E esta cooperação é feita por meio da criação de clones, graças a um dispositivo de alta tecnologia praticamente embutido em uma lanterna. Além de criá-los (quatro no total), o jogador pode (e deve) alternar o controle entre estes e o ser original. Portanto, a exigência de um sincronismo é latente, pois o clone fará movimentos similares aos do protagonista, tornando a investida atrás de uma orb um verdadeiro e truncado quebra-cabeça.

Acionar interruptores e mover caixas determinam as principais ações a serem feitas em cada puzzle, fora a possiblidade de criar clones e alternar entre os mesmos com seu personagem pairando no ar ou estando em um ambiente anti-gravitacional. Podem parecer poucos elementos – e de fato são -, todavia, a forma como estão dispostos nos cenários faz cada puzzle se tornar único. Uns mais fáceis, outros que exigirão um raciocíno mais apurado.
 



 

Seu personagem conviverá com a morte praticamente o tempo todo. Mas é uma morte diferente, sem uma gota de sangue derramada. E não estamos rementendo apenas a um salto mal executado que pode resultar em um fim prematuro da jogatina, ou os clones se desfazendo pouco a pouco devido a um erro estratégico. Todas essas mortes resultam em um Game Over do pensamento. Alguns destes enigmas podem se tornar oponentes tão aterrorizantes que o jogador clamará pela aparição de uma criatura, qualquer coisa que se mova. Entretanto, ela talvez possa não vir…

Para dificultar ainda mais a jornada, luzes coloridas mostram-se inimigos sedentos por miolos pensantes. Uma luz azul, por exemplo, impedirá o jogador de criar um clone em uma área iluminada por ela. Por sua vez, luzes vermelhas impedirão exclusivamente a alternância entre os clones. Já as luzes roxas bloquearão ambas as ações.
 



 

No PlayStation Vita, os controles são responsivos. Apesar de existir um suporte à tela de toque para, por exemplo, aumentar o alcance do dispositivo criador de clones, acioná-los ou, ainda, verificar cada área do mapa deslizando o dedo na citada tela, as duas primeiras possibilidades citadas são totalmente descartáveis, haja visto que o mapeamento de botões cumpre tais tarefas de forma mais satisfatória. 

Visualmente, The Swapper é um deleite imersivo. Com elementos do cenário feitos em argila e depois digitalizados para o jogo, a experiência gráfica retrata um ambiente escuro e hostil de forma ímpar, junto a efeitos de iluminação e sombra deslumbrantes. Junte isto a uma parte sonora soberba (trilha e efeitos) , e temos um ambiente que nos faz ficar apreensivos e em busca de entendimento o tempo todo. Apesar de um pouco inferior às versões caseiras, o PlayStation Vita consegue emular perfeitamente boa parte deste repertório.
 



 

Veredito

Sozinho? Sim. Ou jamais, afinal, tinham pedras pensantes no meio do caminho. No meio do caminho tinham pedras pensantes. Passando por elas, resolvendo puzzles, resolvendo puzzles e passando por elas, povoando o imaginário e modelando o enredo. The Swapper nos oferece uma experiência sólida com suas misteriosas construções rochosas, nos fazendo mergulhar em um sistema original, difícil e recompensador de quebra-cabeças, além de trazer uma narrativa densa em um atmosfera típica de survival horror. Um survival horror cerebral talvez? Por que não?

Jogo analisado com cópia digital fornecida pela Curve Studios.


Veredito

90

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