[PSN] Ethan: Meteor Hunter

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Ratos de laboratório sofrem. Cobaias em experiências diversas, tais roedores por vezes são verdadeiros heróis da ciência. Pouco reconhecidos, no entanto. Talvez Ethan se encaixe nessa categoria. A novata Seaven Studio está longe de ser uma junta de cientistas. Todavia Ethan:  Meteor Hunter pode ser encarado como um "experimento" dentro do universo dos jogos de plataforma.



A premissa de caçar fragmentos de meteoros em tubulações e esgotos pode se revelar um pouco confusa e sem muito propósito, principalmente devido ao pouco sentido quando confrontada junto à cena de corte inicial, a qual, inclusive, carece de uma mostra artística requintada. Vemos dois ratos discutindo. Um deles é Ethan e o outro, por sua vez, um vizinho ranzinza. A discussão acaba em briga e o inusitado acontece:  um meteoro cai do céu e fragmentos se espalham por diversas partes. Esse fenômeno anormal faz Ethan ganhar poderes de telecinese e de controle do tempo. Nisso, a aventura se inicia por meio de três mundos e em pouco mais de cinquenta níveis, unidos a um simples e tubular hub-world.
 
Estamos diante de um jogo de plataforma que abusa de elementos de puzzle para tentar, com esforço, se diferenciar de seus pares. As habilidades especiais de Ethan são postas à prova em momentos de protagonismo das mecânicas de puzzle, além de momentos que exigem uma comunhão entre habilidades comumente vistas em jogos do estilo, porém, aliados aos quebra-cabeças, e nisto o jogo mostra o seu potencial.
 
O ratinho conta com poucas habilidades comuns ao mecanismo de plataforma. A força que o jogador imprime no botão definirá os saltos de Ethan, sendo um salto simples ou capaz de elevá-lo um pouco. Ele também poderá deslizar em superfícies propícias a isto e empurrar objetos. As habilidades podem parecer poucas, todavia, são suficientes para se livrar de obstáculos dos mais diversos, afinal, constantemente percebemos que os desenvolvedores não tiveram dó de Ethan.



As habilidades especiais de telecinese e de pausar o tempo oferecem um bom desafio aliadas às puras partes de plataforma. Contudo, em alguns momentos, elas ocasionam uma quebra do ritmo, muito sentida devido à duração diminuta dos níveis. Quando Ethan entra em seu modo telecinese, há uma discreta mudança na coloração da tela e podemos mover os objetos para abrir caminho ou usá-los para seguir em frente. Infelizmente, há um desequiíbrio qualitativo, porque as partes para abrir caminho são bem repetitivas, ao contrário do supracitado uso das características aliadas aos movimentos comuns do ratinho em meio aos perigos, sendo nessa junção o brilho deste jogo.
 
Movimentar os objetos nos apresenta uma experiência tortuosa, apesar de a consequência ser satisfatória na resolução de puzzles bem arquitetados. Quando o jogador seleciona um item, pode rotacioná-lo e colocá-lo onde há um espaço livre, porém, dentro de uma área já delimitada. No PlayStation Vita há diversas opções de controles para isto. Entretanto, as opções que usam a tela de toque principal e a tela de toque traseira são pouco eficientes e certamente farão o jogador abandonar tais opções e ir para os controles tradicionais, os quais apresentam menos tormentos, apesar de ainda serem um pouco imprecisos.
 
Como não há inimigos nos níveis, além das batalhas contra chefes, a perseguição implacável a Ethan fica por meio dos perigos provenientes dos cenários. E são muitos. Engrenagens implacáveis, plataformas traiçoeiras, mecanismos que atiram diversos tipos de projéteis, ratoeiras, dentre outros, que comunam, inteligentemente, no sofrimento do pobre ratinho, proporcionando mortes horríveis. Apesar de os checkpoints serem generosos, há também uma dificuldade acentuada caso o jogador queira ir além do normal e superar os requisitos exigidos no final de cada nível e compartilhar seus feitos via leaderboards.



Infelizmente o level-design de Ethan se prejudica um pouco devido a uma experiência visual não condizente à primeira característica citada. Sem grandes inspirações, vemos a falta de uma paleta de cores mais viva nos ambientes e uma modelagem pouco satisfatória dos objetos. No PlayStation Vita, ao contrário do PlayStation 3, sua apresentação gráfica está bem aquém do que se espera de um jogo que explore bem o poderio do portátil, sendo nos efeitos de luz e sombra a diferença mais perceptível. Adicione isto a uma apresentação sonora pouco diversificada e constatamos que apreciar o que há de bom em Meteor Hunter, envolto às suas características frustrantes, pode ser mais um desafio.
 

Veredito

O "experimento" da Seaven Studio apresenta suas glórias e suas decepções. Fica claro que Ethan: Meteor Hunter poderia ser bem mais do que é. Com problemas nos controles em sua versão para PlayStation Vita, uma apresentação visual e sonora pouco louvável, o jogo se agarra em suas mecânicas de puzzle e plataforma, as quais, unidas, apresentam uma boa perspectiva para jogos futuros da empresa, caso queiram enjaular o ratinho novamente em suas câmaras de tortura em forma de níveis.

Jogo analisado com código fornecido pela Seaven Studio
 

 

Veredito

65

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