Killzone Mercenary

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Jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) em portáteis nunca foram vistos com bons olhos. Há vários motivos para isso, mas podemos citar como o principal a ausência de um segundo analógico até a chegada do PlayStation Vita.

Apesar do portátil já estar no mercado há mais de um ano, poucos FPS foram lançados para ele e, os que foram, são de qualidade duvidosa (Resistance e Call of Duty). Agora, finalmente, chega um título que além de mostrar como deve ser um FPS num portátil, se tonra um jogo obrigatório para quem possui um Vita: Killzone Mercenary.

Produzido pela Guerrilla Cambridge, Killzone Mercenary é absurdamente lindo no PlayStation Vita. É simplesmente impressionante os gráficos e todos os efeitos que acontecem de forma simultânea. Sem dúvida, um dos títulos mais bonitos que existem em um aparelho portátil.

Com esse fato mencionado, precisamos destrinchar os outros pontos. E é aí que Killzone falha e fica longe de receber uma nota perfeita. Sinto em dizer isso, principalmente aos fanáticos, mas Killzone Mercenary é um shooter genérico. Sua história é fraca, os inimigos são repetitivos, o design das fases é muito simples e as batalhas em si que acontecem não são muito variadas.

Ou seja, não interprete a palavra “genérico” como algo ruim. Você encontrará justamente o que se espera aqui e nada mais. Você se impressionará com os gráficos, mas o restante não será marcante. Mas como não existe outra opção no caso do Vita, Killzone Mercenary se torna obrigatório. Se considerarmos as outras plataformas, aí fica difícil recomendar o título. Tudo depende da situação comparativa que colocamos o jogo.

A campanha single-player de Killzone Mercenary é dividida em nove capítulos. Todas elas possuem desafios adicionais e objetivos especiais, o que aumenta consideravelmente a vida útil do game para o jogador solitário. Pela primeira vez na campanha de um Killzone, os jogadores passarão por missões que uma hora acontecem ao lado dos Helghast e outras com a ISA. Isso acontece pois o personagem principal, Arran Danner, é um mercenário.

Os eventos da campanha acontecem logo após o fim do primeiro Killzone e seguem de forma simultânea outros eventos da trilogia Killzone. Danner é um ex-soldado da UCA que não se preocupa em receber contratos seja da ISA ou dos Helghast.

Quanto ao gameplay, os comandos são intuitivos e simples. Todos os botões fazem as ações que você já está acostumado em outros FPS, com destaque para dois: correr e o uso da Touch Screen para realizar os “Brutal Melee” (deslize seu dedo na direção que a tela pede). O Vita, como sabemos, não possui um botão L3. Por causa disso, o “O” possui duas funções simultâneas: se você segurá-lo, o personagem agacha (ação que é feita normalmente em um FPS do PS3, por exemplo). Porém, se estiver andando e pressionar (sem segurar), você começará a correr. Foi uma jogada de gênio inserir esse comando considerando as limitações técnicas, pois funciona muito bem. É difícil se acostumar no início, mas logo se pega o jeito.

Durante o jogo, você passará por inúmeras cenas de tiroteio e de “stealth”. Há algumas pequenas variações no gameplay, como as seções de hackeamento (veja a imagem mais acima). Nela, você deve completar as setas usando as partes fornecidas na lateral. É simples e bacana, mas se torna chato e limitado quando estiver fazendo isso pela décima vez (isso se encontra no multiplayer também).

Toda e qualquer ação feita no jogo, seja no single-player ou multiplayer, fornece dinheiro. Esse dinheiro pode ser usado para abrir mais armas e “loadouts” para melhorar seu armamento.

Mas e o multiplayer? É funcional e muito bom. O jogo recebeu um patch recentemente que corrige ainda mais os problemas de conexão, mas desde o lançamento tivemos poucos problemas nesse sentido.

Ele é dividido em três modos diferentes para até 8 jogadores. Um é um simples “Deathmatch”. O outro é um “Team Deathmatch”. Por fim, temos o “Warzone” que é o mais variado e interessante de todos eles. Existem cinco etapas, em cada uma você ganha pontos por fazer o que se pede. Elas variam desde coletar os “Valor Cards” dos jogadores caídos (cards, quando combinados de uma maneira correta em sua coleção, fornecem dinheiro), hackear os terminais, interrogar (chegue de forma discreta em um jogador por trás e dê um golpe físico) e um simples deathmatch. Ou seja, é uma combinação de diferentes estilos em uma única partida que exigirá em alguns momentos que sua equipe trabalhe de forma cooperativa.

Os mapas do multiplayer também são relativamente grandes e bonitos, porém se você é fã de locais abertos, esta não será sua praia.

Um dos problemas do multiplayer, talvez, seja sua falta de modos adicionais. Um “Capture the Flag” por exemplo, seria bem-vindo.

Killzone Mercenary, como dito, é um ótimo título para o PlayStation Vita. Possui uma campanha single-player sólida e um multiplayer com as funções básicas, essenciais e funcionais. Seus controles são ótimos também. Isso sem contar os gráficos incríveis. Porém, é um shooter genérico: história é fraca, os inimigos são repetitivos e o design das fases é muito simples. Como não há um outro FPS (de qualidade) para o Vita, Killzone Mercenary aparecerá na lista de títulos obrigatórios do portátil até que surja um competidor.



— Resumo —


+
Gráficos


+
Controles


+
Campanha single-player


+
Multiplayer





Genérico (história, inimigos e progressão)





Multiplayer poderia ter mais modos

Veredito

85

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