PlayStation All-Stars Battle Royale

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Observação: as fotos ilustrando esta análise são da versão de Vita.

Quando PlayStation All-Stars Battle Royale foi anunciado e sua proposta revelada, tornou-se inevitável suas comparações com Super Smash Bros., da Nintendo. As semelhanças eram muitas e parecia que era um simples “copiar e colar” por parte da Sony. O jogo saiu e agora podemos dizer se é realmente este o caso.

PSASBR possui muita inspiração na série da Nintendo. Ponto final. Muitas características estão aqui: liberdade no cenário, sistema de desvio (exceto o desvio neutro no chão), pulo e pulo duplo, ataques diferentes apertando uma direção específica, itens, cenários com armadilhas, quatro personagens na tela e muito mais. Mas existem certos detalhes que fazem a completa diferença e isso que precisaremos explorar.

A primeira e mais notável é a forma de se matar o adversário. Smash Bros. é focado em jogar o oponente para fora da arena. PSASBR obriga os jogadores a se baterem e depois derrotar o oponente usando um “Super”, que por sua vez existem em três formas diferentes. O nível 1 é simples, normalmente rápido e difícil de se conseguir muitas mortes. O nível 2 é melhor e normalmente possibilita três mortes (no caso de ter quatro personagens na arena) ou facilita a morte de um personagem (no caso de ser uma luta 1×1). Já o nível 3 é o “apelão”. O seu personagem destruirá todos no cenário e pode inclusive matar cada um duas vezes. Mas para chegar lá, você precisará batalhar muito – literalmente. E assim chegamos em outro ponto diferente de Smash: os combos.

Smash possui ataques simples e que, em sua maioria, são de apenas um golpe. Já PSASBR é focado em combos. Você precisará aprender alguns para poder evoluir sua barra e usar os Supers. E assim chegamos a outro ponto: “ir para cima”. Smash pode ser um jogo estratégico – ainda mais em 4 pessoas – mas aqui o esquema é ir para cima de todos com tudo que você tem. Se não for, vai perder porque sua barra não vai subir.

São elementos assim que se destacam em PSASBR e tornam a experiência diferente de Smash. Podemos dizer que é um caso de Street Fighter e Mortal Kombat. SF veio antes e instalou os paradigmas. MK veio depois, com os mesmos conceitos, adicionando apenas os seus toques “pessoais” (mais violência, gráficos e outras coisas como a “física/golpes”, digamos assim, mas sabemos que a ideia é a mesma nos dois casos). Portanto, podemos afirmar que PSASBR possui inspiração em Smash Bros., mas não é correto afirmar que não possui seu toque “pessoal”.

Explicados os conceitos básicos, é hora de ver o que o pacote oferece ao jogador.

PSASBR é um jogo divertido para se jogar com os amigos online e offline. Se você esperava um game para descontrair, encontrou. Se procura um jogo competitivo, também encontrou. Ao contrário do que Smash Bros. tem feito, PSASBR procura agradar os dois públicos – aqueles que procuram diversão descompromissada e aqueles que gostam de treinar e se tornarem melhores a cada dia. Mas podemos notar que o foco do jogo não é um “cada um por si”. Devido ao seu sistema de Super, o novato será o alvo de todos, por ser o mais fácil de levar golpes e encher a barra. Então, quando o objetivo era para ser todos contra todos, acaba se tornando “mate o novato/o pior na luta”. Dito isso, podemos afirmar que o foco é nas lutas 1×1 e 2×2, e nisso o jogo faz muito bem.

Um outro ponto que é famoso em Smash Bros. são os itens, e PSASBR também os possui. Mas são pouco variados, nem um pouco interessantes e raramente afetam a partida. Já outro ponto são os cenários, e estes sim são muito bons em PSASBR: além de variados, eles mesclam universos de forma convincente.

Ainda sobre o multiplayer, é triste dizer após um período extenso de uma beta – que inclusive foi pública – que o modo online é problemático. Jogar com amigos conhecidos não será, na maioria dos casos. Mas o modo Ranked, principalmente, e alguns casos com os amigos, tendo eles boa ou não conexão, você presenciará coisas bizarras acontecendo. Inimigos (e até você) se teleportando, personagens tornando-se invisíveis, a impossibilidade de se mover depois de ser nocauteado sem um motivo aparente e outros casos isolados. Mas o mais estranho é quando se está com um amigo para jogar partidas Ranked 2×2: se uma busca der erro, será necessário voltar ao menu, pois caso contrário não conseguirá achar um adversário sequer.

Dizendo assim, parece que o multiplayer online é um lixo completo. Na verdade não é: em cerca de 70% das lutas tudo ocorreu normalmente. Mas seria muito melhor se disséssemos uma % maior.

Tirando o foco do multiplayer, que é o coração do jogo, há opções consideráveis para os jogadores solitários. Super Smash Bros. possui muitas coisas a serem feitas; quem jogou sabe. Infelizmente, PSASBR não busca inspiração neste ponto. Temos um Arcade Mode bem interessante – uma abertura e epílogo para cada personagem com artworks bonitas e uma cena de rival com os gráficos in-game. As batalhas “rivais” são um toque interessante e em sua maioria ficaram muito boas. Fora o Arcade, temos outras opções, como Practice, um Tutorial, um esquema para treinar combos para cada personagem, diversas Trials (que são ações específicas que devem ser feitas contra personagens controlados pela CPU e em um determinado tempo, inclusive com dificuldades diferentes) e a customização dos personagens. Esta customização é limitada, você escolhe coisas como seu avatar e fundo de seu perfil, enquanto que nos personagens em si pode-se definir a pose de vitória deles, a provocação e outros detalhes como os Minions (versões “super deformed” de parceiros dos jogos, como Athena de God of War ou Little Sister de BioShock). Estas opções são destravadas com o nível de cada personagem, que é aumentado jogando com ele em qualquer modo.

E infelizmente é isso. PSASBR não foge do básico. Você terá diversão com os modos propostos, mas é notável que a equipe não teve inspiração. Ainda mais por ser uma oportunidade única de ter todos os personagens clássicos da Sony (e thirds) em um só lugar.

Personagens estes que merecem ser listados em nossa análise: Big Daddy (BioShock), Cole MacGrath (inFamous), Evil Cole MacGrath (inFamous), Colonel Radec (Killzone), Dante (DmC: Devil May Cry), Fat Princess, Heihachi Mishima (Tekken), Jak and Daxter, Kratos (God of War), Nariko (Heavenly Sword), Nathan Drake (Uncharted), PaRappa the Rapper, Raiden (Metal Gear), Ratchet and Clank, Sackboy (LittleBigPlanet), Sir Daniel Fortesque (MediEvil), Sly Cooper, Spike (Ape Escape), Sweet Tooth (Twisted Metal) e Toro. Kat (Gravity Rush) e Emmett (Starhawk) já foram confirmados como DLCs gratuitos.

Por fim, vale ressaltar que as versões de PS3 e Vita são as mesmas – inclusive podendo jogar entre si. Desconsiderando a interface adaptada para cada console nos menus de jogo, o resto é exatamente o mesmo game e a mesma jogabilidade (três botões de ataque, pulo, agarrão, pegar item, defesa e Super), inclusive os mesmos gráficos. A única desvantagem do Vita é a impossibilidade de configurar os botões de uma outra forma que não seja a padrão.

PlayStation All-Stars Battle Royale é um jogo divertido e recomendado para todos. O single-player pode não ser variado, o modo online pode apresentar problemas e a escolha de personagens pode não agradar a todos, mas o multiplayer é forte e você deve ter isso em mente se pretende adquirir o título.



— Resumo —


+
Multiplayer (online e offline)


+
Partidas 1×1 e 2×2


+
Mecânica de gameplay/sistema de jogo


+
Cenários


+
Versões de PS3 e Vita são as mesmas


+
Cross-Buy e Cross-Play (Vita/PS3)





Online pode ser problemático





Single-player com pouca variação de modos





Itens nas lutas não são interessantes





Escolha de personagens pode não agradar todos

Veredito

78

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Plataforma:

Gênero:

Distribuidora:

Lançamento:

Dublado:

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Troféus:

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