Split/Second

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Você procura por muita ação, inovação, reviravoltas e divertimento num jogo de corrida? Pode apostar que em Split/Second você vai achar tudo isso, sem desejar em nenhum momento que ele fosse mais real. O jogo foi desenvolvido pela Black Rock Studio – mesma desenvolvedora do jogo Pure – e distribuído pela Disney Interactive Studios, que resolveu apostar de vez no mundo dos games e comprou vários estúdios, entre eles a Black Rock Studios.

Para quem já viu o filme Corrida Mortal, com Jason Statham (e dirigido pelo nosso amado diretor Paul W. S. Anderson), pode achar algumas semelhanças, com a diferença de que as armas dão lugar a grandiosos eventos explosivos ativados pelo jogador. Split/Second coloca você em meio a um reality show onde corredores têm que sobreviver a desafios mortais e usar a própria pista como arma. Em cada pista existe uma série de pontos estratégicos que, ao serem ativados, podem acarretar em diferentes situações, tais como explosões, destruir uma ponte para abrir outra rota ou até mesmo um avião caindo na pista de corrida. Esses eventos explosivos são acionados com o power play, que você acumula executando drifts, pegando o vácuo do adversário, realizando saltos ou escapando das explosões ativadas pelos adversários. E não importa o quanto você esteja atrás, reviravoltas impressionantes podem acontecer neste jogo e você provavelmente passará por todas as posições antes da corrida acabar.

A parte gráfica de Split/Second é muito bonita, é um espetáculo a parte ver as explosões serem ativadas. Os gráficos são bonitos na medida certa para o jogo funcionar de forma agradável e bem fluída. Muito dificilmente você irá presenciar uma queda de frames, mesmo que um avião ou um prédio caiam na sua frente. Entretanto, os gráficos não são perfeitos. Falhas como destroços desaparecendo, alguns pequenos detalhes que poderiam ser mais bem trabalhados e algumas raríssimas quedas de frames são presenciadas. Não dá para exigir que todos os jogos de corrida sejam Gran Turismo 5, não é? Esses detalhes só aparecem se você parar para analisar minuciosamente a tela do jogo, o que passa despercebido quando é mais importante se preocupar em desviar do apocalipse que está acontecendo na tela.

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O áudio não tem nada de fantástico, mas os efeitos sonoros são bem trabalhados, tornando um desmoronamento de prédio ou explosão de represa bem mais real de maneira simples. Os carros e suas batidas têm sons bem reais, mas infelizmente são todos iguais, não importa se é pickup ou um esportivo. Já as músicas transpassam bem o que acontece em jogo, ou seja, ação frenética.

Existem três tipos diferentes de carros: os rápidos e leves; os pesados e resistentes; e, os equilibrados. Todos têm uma direção simples e uma boa resposta aos comandos, sendo preferível às vezes procurar um melhor traçado ou um drift do que uma boa manobra usando o freio. Não existem carros licenciados, apenas carros fictícios, e eles podem ser incrementados com pinturas e adesivos.

No total são 11 pistas cujos cenários variam entre usina, porto, canteiro de obras e outras, simulando uma cidade preparada especialmente para o reality show. Cada pista contém eventos das mais variadas formas, muitas delas são espetaculares, como um helicóptero jogando um tanque nos competidores ou um navio arrastando os carros. O problema é que, com o tempo, você acaba memorizando onde fica cada explosão, o que acaba causando perda da parte da emoção, mas não toda, até por que, imagine a situação: você está em primeiro com o segundo colocado na sua cola quando se depara com um atalho. Você arrisca passar por ele e dar a oportunidade para o segundo acionar a explosão, ou prefere pegar o caminho mais longo o que resulta na passagem dele pelo atalho e na ultrapassagem? Será que ele tem power play acumulado para fazer o atalho explodir? Isso acrescenta emoção o suficiente.

Falando nos power plays, eles são adquiridos de várias formas, com drifts, pegando o vácuo, realizando saltos – que por sua vez não são exagerados – ou desviando de explosões. Quando ativados, disparam várias explosões para atingir os adversários e tirá-los de circulação. O medidor de power play tem 3 níveis, o primeiro e segundo servem para explosões “menores” como ônibus em chamas jogados na pista ou bolas de demolição lançadas contra os jogadores. O terceiro nível, quando acionado, tem um efeito devastador como um trem descarrilhando e represas explodindo: efeitos que podem atingir vários carros de uma única vez ou mudar a rota da pista.

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Para não deixar o jogo monótono, a Black Rock acrescentou diferentes modos de jogo: no “Survival”, você deve desviar de galões explosivos que caem de caminhões enquanto os ultrapassa; no “Air Attack”, o objetivo é acumular pontos enquanto um helicóptero atira mísseis em seu carro; o “Air Revenge” é parecido com “Air Attack”, mas você tem que devolver os mísseis para o helicóptero com os pontos acumulados; no “Elimination”, após um tempo inicial de 60 segundos, o último colocado explode e a cada 20 segundos depois disso é a vez de mais um; o "Detonator" é uma espécie de time attack, em que é preciso bater o tempo estabelecido enquanto se corre sozinho e desvia das explosões causadas automaticamente no cenário quando chega perto dela. Tudo isso fora o modo “Race”, que é o padrão.

Na campanha, você joga uma temporada de 12 episódios, cada um com 6 corridas. Caso você tenha um mau desempenho em um episódio, você não passará para o próximo. Caso vá bem em todos os 12 episódios, será aberta a Elite Race que nada mais é do que a corrida final. Obviamente, o jogo também oferece um modo multiplayer, que é muito divertido, tanto o offline com um segundo jogador quanto o online com até outros sete. Deve-se tomar grande cuidado, até por que a inteligência artifical erra os power plays algumas vezes, mas jogadores humanos dificilmente perdoarão os erros.

Split/Second é um grande jogo de corrida, se saindo muito bem no que se propõe. Mistura de forma espetacular corrida e ação desenfreada, assim se estabelecendo como um dos jogos de corrida mais divertidos deste ano. Isso sem mencionar os DLCs previstos para os próximos meses, que prometem acrescentar novos carros e pistas. Alguns reclamam de que com o tempo o jogo pode ficar entediante, pela falta de variedade, e aqueles que prezam pelo realismo na pilotagem pode não gostar muito do jogo, mas vale a pena dar pelo menos uma alugada no final de semana para conferir esse grande jogo.

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