Empresas obrigam funcionários a serem “exclusivos” via contratos; razão de Jonathan Cooper ter saído da Naughty Dog
Há mais de um mês atrás, o artista de animação Jonathan Cooper deixou a Naughty Dog. Há alguns dias, o mesmo comentou no Twitter sobre alguns eventos que levaram para que isso acontecesse. A mensagem abaixo mostra a história contada por Cooper sobre sua saída.
Earlier this year Sony updated their NDA to cover all creations, (previously just competing products) but I refused the to sign because of my book – for which I'd gained prior permission. Competing products are understandable but all creations? Nope. https://t.co/lb9vHNdTjU
— Jonathan Cooper (@GameAnim) December 1, 2019
Cooper diz que a Sony mudou recentemente sua política de Termo de Confiabilidade (NDA ou Non-Disclosure Agreement) e que começou a incluir todo e qualquer artigo criativo de seus funcionários. Resumindo, tudo o que um funcionário criasse enquanto contratado pela Sony, como livro ou música, precisaria ser analisado e permitido pela empresa antes que esse material fosse publicado. Ao não concordar e não assinar o novo acordo, Cooper eventualmente saiu da Naughty Dog (a qual o apoiou, ao contrário da Sony) antes que fosse demitido.
Outras empresas de entretenimento eletrônico também atuam dessa forma, como é possível conferir abaixo sobre como a Electronic Arts atua.
When EA acquired Respawn, @jonshiring (who’s a programmer) came home and told me about this. He’s not allowed to do ANYTHING without EA’s permission, including write a book or make music. Again, he was hired as a PROGRAMMER. It’s unethical. The games industry needs a union. https://t.co/TgEHt2WZFt
— Christina Strain (@christinastrain) November 30, 2019
A prática é comum no mercado em geral, com empresas de vários segmentos possuindo a mesma prática. Termos de confiabilidade e restrição de conteúdo criativo de funcionários acontecem na indústria eletrônica em geral, farmacêutica, vestuário e várias outras.