Saúdem, plebeus! Seu simulador preferido da Idade Média está de volta com muito mais a oferecer. Kingdom Come: Deliverance II já está quase entre nós e, enquanto nos preparamos para uma análise completa mais próximo do lançamento, já podemos falar e mostrar um pouco das primeiras horas com o título da Warhorse Studios.
Se você acompanhou o lançamento do primeiro jogo e as primeiras aventuras de Henry na região da Boêmia do século XV, já vai ter uma certa ideia da proposta do jogo. Mesclando ação em primeira pessoa, profundas opções de RPG, escolhas e diálogos de impacto e ainda fazendo uso de uma ambientação medieval de forma real e sem fantasia alguma, Kingdom Come: Deliverance II continua expandindo a fórmula de sucesso do primeiro jogo para o que mostra ser uma grande evolução já observado no início.
Muito pelo salto geracional, mas a primeira impressão não poderia ser melhor e bastante diferente do que acompanhei quando analisei o primeiro jogo no PS4. Como uma promessa de visuais de ponta na época, o que foi entregue acabou sendo um amontoado de bugs e inexperiência usando a CryEngine e com pouca otimização no PS4. De inúmeros problemas gráficos e de performance a bugs estruturais que quebravam a experiência como um todo, o primeiro jogo ficou marcado para mim como um conceito excelente mas pobremente executado, ainda que conseguisse mostrar seus pontos fortes quando diversos empecilhos fossem superados. A sequência claramente mostra como a desenvolvedora aprendeu com seus erros e entrega um pacote já muito mais completo e refinado, com visual impecável, melhores animações, diálogos aprimorados, personagens de maior impacto e muito mais.
Nas primeiras 8 horas de jogo, muito da minha experiência foi a mesma de antes por causa da estrutura de jogo. Há um misto de sobreviver, viver, adentrar um estilo medieval e tentar imaginar uma vida assim, tanto com as limitações existentes e também inúmeros percalços. Qualquer ação, ou mesmo a falta dela, pode ter um impacto direto em diversas situações. Pense que até mesmo dormir numa cama que não é sua pode acarretar em problemas, ou mesmo um diálogo que começa simples pode acabar com pessoas presas ou perdendo a vida no desenrolar dos fatos.
Kingdom Come: Deliverance II mostra primeiros passos sólidos e uma evolução além do que esperava. Apesar de ainda ter uma curva de aprendizado longo e diversas ramificações de RPG, o jogo também melhorou em ter um ritmo melhor para novatos e uma interface levemente aprimorada. Ainda há elementos em excesso e leva um certo tempo para entender bastante coisa neste início, mas a forma como o jogo te instiga a aprender ainda é interessante e coloca o jogador para viver boa parte do período medieval quase como uma experiência própria.
Há muito ainda por ver e acompanhar, principalmente do desenvolvimento da história e das novas aventuras de Henry em uma região já tomada pela guerra e intrigas políticas, mas posso adiantar que os principais problemas enfrentados pelo primeiro jogo não surgiram aqui e, a princípio, tem tudo para ser uma experiência bem melhor agora.
